Quer fazer snowboard em montanha olímpica? Prepare o bolso
- Anderson Giorge
- Direto de Whistler
Whistler é considerada o melhor resort de montanha da América do Norte. Em 2008, a revista
Skiing Magazine
, especializada em esportes de neve, elegeu o local como a melhor estação de esqui do mundo. É um delírio para os amantes dos esportes radicais praticados em baixíssimas temperaturas. E a febre do momento é o snowboard, modalidade que mistura o skate e o esqui e virou esporte olímpico nos Jogos de Nagano 1998.
Na cidade - que conta ainda quatro campos de golfe, mais de 200 lojas, 90 restaurantes e bares, spas e alguns dos hotéis mais famosos do Canadá -, o vai-e-vem de snowboarders é frenético. Principalmente com o fechamento da Cypress Mountain, outra sede de apoio da Olimpíada de Inverno de Vancouver e onde serão disputadas as competições olímpicas de snowboard. Lá a neve anda escassa, devido ao "calor" atípico do inverno na província canadense de British Columbia.
A estação de Whistler surgiu nos anos 60, quando Franz Wilhelmsen se inspirou nos Jogos de Inverno de Squaw Valley e construiu uma área para a prática do esporte na região conhecida antigamente como London Mountain. O nome Whistler foi criado apenas em 1965 como forma de homenagear o barulho feita pelas marmotas - o som é chamado pelos locais de "whistled".
No vilarejo, desde as primeiras horas da manhã já se pode sentir a paixão dos canadenses pelo snowboard. Crianças e adultos se formam em grupos carregando os seus equipamentos e ou se preparando para subir as montanhas. Às 9 horas da manhã, crianças ignoram o frio de aproximadamente 0ºC e cantam canções em inglês parecidas com o "unidunitê" antes de partirem para o teleférico.
E para quem caiu de pára-quedas na montanha e quer ficar na moda, praticando snowboard, quanto custa a brincadeira? Digamos que um snowboarder de primeira viagem chegue só de roupas íntimas... Vai precisar de uma verdadeira parafernália.
Meias térmicas (30 dólares canadenses), segunda pele (40), calça (200), cachecol (20), joelheira (40), proteção para pulso (30), para as costas (100), para o traseiro (110 dólares), toca (30) e jaqueta (250). Só para começar. Também tem os óculos especiais (200) e, claro, protetor labial (2). A conta até agora já chegou nos 1.052 dólares canadenses (cerca de R$ 1.850).
Certo, protegido contra o frio e contra os tombos, hora do acessório principal: a prancha, que sai em média 350 dólares canadenses. Além disso, os "bindings", fixadores na prancha, 150, e o capacete, mais 150. Ao todo, somando cerca de R$ 1.144 à conta.
As lojas de Whistler oferecem uma infinidade de opções para os adeptos e novatos. Há óculos cor de rosa para as mais vaidosas (80 dólares canadenses), capacete do Bob Esponja ou de personagens da Disney para as crianças (70), pranchas com cores fluorescentes (550). Mas tudo bem, um snowboarder de primeira viagem pode economizar essa graninha.
Roupas, proteção e prancha. Hora de cair na neve. Bom, mas como ninguém escala a montanha de Whistler para descer fazendo manobras radicais, também é preciso para o transporte de teleférico. Para usar o complexo por um dia, 93 dólares canadenses. E, como ninguém nasce sabendo, é seguro e saudável fazer pelo menos uma aulinha antes de arriscar as primeiras descidas entregue ao próprio destino. Um professor para um adulto, por cinco horas ao dia em grupo que pode variar entre seis e dez pessoas, sai por 100 dólares.
Ou seja, total da conta para chegar "desnudo" a Whistler e mostrar pela primeira vez a habilidade, como equipamento próprio, como snowboarder: R$ 3.332.
Claro que existem opções expressas. Para alugar equipamentos, a diária gira em torno de 60 dólares canadenses, que dá direito a um pacote básico com capacete, jaqueta, prancha de snowboard, fixadores e botas. E para acessar a montanha, tem o pacote de cinco dias, 445 dólares canadenses.
Uma dica de Luis Roberto Formiga, que também faz a cobertura do Terra em Vancouver, é comprar os equipamentos apenas no fim da temporada de inverno (março/abril), quando os preços ficam muito mais baixos em razão desses produtos serem trocados nas lojas no ano seguinte.
Jogos Olímpicos de Inverno no Terra
O Terra transmitirá ao vivo a competição em 15 canais simultâneos de vídeo a partir do próximo dia 12. Além disso, os usuários terão a possibilidade de assistir novamente a todo o conteúdo a qualquer momento. Todo o acesso é gratuito.
Uma equipe de 60 profissionais estará encarregada de fazer a cobertura direto de Vancouver e dos estúdios do Terra, em São Paulo, no Brasil, com as últimas notícias, fotos, curiosidades, resultados e bastidores da competicão.
A equipe conta com a participação do repórter especialista em esportes radicais Formiga - com 20 anos de experiência em modalidades de neve -, e o pentacampeão mundial de skate Sandro Dias, que comentará a competicão em seu blog no Terra.
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