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Jogos Inverno 2010

Rachael Flatt quer vaga na patinação olímpica dos EUA

21 jan 2010 - 17h55
(atualizado às 18h15)
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John Henderson
Do Denver Post, em Spokane, Washington

A adolescente que serve de modelo para os norte-americanos agora quer mostrar ao país que também sabe patinar.

Rachel Flatt é uma estudante de segundo grau de Colorado Springs que vem recebendo tanta atenção pelo seu desempenho acadêmico quanto por suas manobras sobre o gelo.

O "Today Show" destacou suas realizações acadêmicas em edição recente do programa, e pode apostar que a rede NBC, responsável pelas transmissões da Olimpíada de Inverno de Vancouver, vai acelerar a máquina de elogios caso Flatt venha a conquistar uma das duas vagas olímpicas em disputa na equipe norte-americana, durante o campeonato de patinação artística norte-americano, que será disputado em Spokane.

Flatt se inscreveu para as universidades Stanford, Princeton, Harvard, Yale, Dartmouth, Johns Hopkins, Duke, Denver e UCLA. "Tirei informações para saber se todas elas tinham um rinque de patinação próximo", ela declarou em recente entrevista coletiva telefônica.

Ela com certeza deve ser aceita por muitas das escolas, especialmente se puder acrescentar "membro da equipe olímpica norte-americana em 2010" ao seu currículo.

Mas a tarefa não é fácil. Quando ela apresentar seu programa curto na quinta-feira e seu programa longo no sábado, estará defendendo dois vice-campeonatos consecutivos.

No entanto, uma nova concorrente na disputa pelas duas vagas é Sasha Cohen, a mais premiada das patinadoras artísticas norte-americanas em atividade, que conquistou cinco segundos lugares em campeonatos nacionais em sua perene disputa contra a inabalável Michelle Kwan. Cohen estava afastada das competições desde a medalha de prata conquistada na Olimpíada de Inverno de 2006, e muita gente passou o primeiro final de semana do campeonato nacional antecipando que ela desistiria de retornar aos rinques.

Não foi o que aconteceu. Pelas informações disponíveis até a terça-feira, sua presença estava garantida, o que acrescenta mistério e uma grande estrela a uma disputa feminina caracterizada pela ascensão de uma nova geração.

"Ela compete ferozmente", disse Flatt, que estava na quarta série quando Cohen disputou sua primeira Olimpíada. "Qualquer patinadora que tenha passado por duas olimpíadas certamente tem muita experiência."

Flatt não voltou aos rinques depois de um segundo lugar no Skate America de novembro, mas já conquistou a atenção da mídia. O New York Times a criticou por seu estilo lento. "Se ela patinasse mais devagar, o torneio precisaria de guardas para pedestres, e não de jurados", afirmava uma reportagem.

O estilo de Flatt pode não impressionar as plateias, mas sua firmeza em competições importantes talvez influencie os jurados. No Nacional deste ano, que serve basicamente como seletiva olímpica, é só isso que importa.

"Creio que minha consistência seja uma vantagem, mas ao mesmo tempo preciso provar meu valor no torneio", disse. "Estou treinando bem e confio em meu treinamento, mas há sempre distrações externas ao chegar."

Duas outras competidoras são tão voláteis quanto Flatt é firme. Se Alissa Czisny e Mirai Nagasu estiverem em sua melhor forma, será difícil vencê-las.

Czisny, 22 anos, venceu no ano passado, mas antes disso chegou em sétimo, terceiro e nono, nos anos precedentes.

Nagasu, 16 anos, é o azarão. Desde que derrotou Flatt na disputa do nacional de 2008, aos 14 anos, ela teve de enfrentar lesões e o que descreve como "preguiça". No ano passado, ela terminou o nacional em quinto lugar.

Tradução de: Paulo Migliacci

The New York Times
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