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Ribera destaca trabalho na base para atingir evolução no handebol masculino

28 dez 2015 - 13h14
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A evolução do handebol masculino brasileiro passa diretamente pelas categorias de base, segundo Jordi Ribera. O espanhol treinou a Seleção de 2005 a 2007 e voltou a comandar o selecionado nacional após os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Tanto que os resultados já estão aparecendo: em 2013, o Brasil atingiu seu melhor resultado em um Mundial, com a 13ª colocação, enquanto que, em 2007 e 2015, o País conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos.

Em entrevista ao site da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Ribera explica o funcionamento dos Acampamentos Nacionais e Regionais de Desenvolvimento e Melhoria Técnica, ferramentas essenciais para a captação de novos talentos do handebol brasileiro.

“Temos que pensar, evidentemente, na Seleção Adulta. Mas para abastecer o time principal com atletas, temos que ter uma boa categoria de base. Foi com que essa intenção que os Acampamentos foram criados. De 2005 a 2007, tínhamos atividades com 120 jogadores e capacitação técnica para treinadores em Acampamentos Nacionais", disse o espanhol.

"Porém, era difícil que muitos jogadores e treinadores de estados mais afastados participassem dos encontros. Então, a partir de 2012, foram criados os Acampamentos Regionais, nos quais nós vamos até os estados mais distantes e avaliamos um grupo mais reduzido de jogadores. Com isso, escolhemos alguns atletas para participarem posteriormente dos Acampamentos Nacionais", continuou.

“Fizemos muitas atividades que integraram técnicos de várias regiões do Brasil e isso abriu um canal de comunicação entre nós. Quando eles voltam para os estados de origem, continuam entrando em contato comigo. Quando surge um novo talento, os técnicos nos comunicam e depois nos encontramos novamente nas diversas competições que são realizadas durante o ano para conversar e ver esses atletas. Isso é muito importante, porque o handebol é praticado em todo o Brasil e porque o País é muito grande e é impossível estar presente em todos os lugares”, explicou para depois mostrar que o fruto do trabalho já está dando resultados.

“Os resultados já estão aparecendo. Já passamos a Argentina e somos hegemonia na América. Vencemos os Pan-Americanos Cadete (representado pelo Esporte Clube Pinheiros), Juvenil e Júnior, além dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nos Mundiais Juvenil e Júnior, desde 2013, estamos entre os dez primeiros colocados, fato que a Alemanha, por exemplo, não conseguiu fazer. Nos Mundiais Adultos, conseguimos a melhor colocação da história em 2013 e fizemos jogos do mais alto nível em 2015 (contra a Croácia, nas oitavas de final). Além disso, conquistamos resultados importantes como o do Torneio da Polônia, em março deste ano, quando vencemos na final os donos da casa, que ficaram em terceiro lugar no Mundial do Qatar, e conquistamos o torneio”, prosseguiu.

Jordi Ribera ainda revela que adotou um esquema padrão de estilo de jogo em todas as categorias com o intuito de facilitar a fase de transição dos jovens atletas, filosofia parecida com a que o Barcelona faz no futebol.

“É importante que todos esses jogadores tenham um padrão de jogo, porque à medida que eles sobem de categoria, eles não notam muito a diferença. Todas as categorias têm a mesma linguagem. Então os atletas vão evoluindo dentro do mesmo sistema tático. Se esse jogador encontrasse outro estilo de jogo, ele teria que recomeçar tudo de novo. Aqui não. Em nosso processo, o jogador sempre se identifica por onde passa e não precisa se readaptar”, encerrou o técnico espanhol.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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