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Rio pode aumentar ainda mais policiamento para segurança na Copa

5 mai 2014 - 17h41
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O governo do Rio de Janeiro vai aumentar ainda mais a presença policial na rua, se necessário, para garantir a segurança durante a Copa do Mundo, afirmou o governador Luiz Fernando Pezão nesta segunda-feira, depois de ter sido antecipado o reforço no policiamento devido ao aumento da violência.

Policiais patrulham a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. 05/05/2014
Policiais patrulham a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. 05/05/2014
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Um adicional de cerca de 2 mil policiais militares foi às ruas para fazer um policiamento mais ostensivo nesta segunda.

"Não queremos só reduzir (a criminalidade), mas também aumentar a sensação de segurança, que é importante. Se precisar colocar mais de 2 mil homens, nós vamos colocar", afirmou o governador a jornalistas.

Os índices de violência no Rio voltaram a subir nos primeiros meses de 2014, revelando um recrudescimento da criminalidade após um período de quedas seguidas creditado às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas em comunidades que eram dominadas pelo tráfico de drogas.

Consideradas um marco na política de segurança pública da cidade, as UPPs têm passado por um teste de confiança imposto por uma série de casos de violência e ataques nos últimos meses.

Em abril, uma das principais avenidas de Copacabana foi fechada por algumas horas devido a um protesto de moradores da favela Pavão-Pavãozinho iniciado depois que foi encontrado o corpo de um morador que, segundo familiares, foi alvo de violência policial.

Em outras regiões da cidade, sedes de UPPS foram alvo de ataques com armas de fogo, o que levou o Estado a solicitar ajuda de tropas federais para reforçar a segurança.

Apesar dos problemas, o governador garantiu que a Copa do Mundo será tranquila na cidade, que vai receber sete partidas, incluindo a final em 13 de julho no Maracanã.

"Haverá uma integração entre todas as forças para a Copa do Mundo. Haverá um contingente muito forte para a Copa do Mundo", afirmou Pezão. "A gente sempre fez grandes eventos como Rio-92, Rio+20 e, agora na Copa... temos garantia de que será tranquilo."

Para reforçar a presença policial nas ruas, o governo do Rio cassou as folgas e, com a expectativa de possíveis protestos e manifestações durante o Mundial, o efetivo será ainda mais reforçado.

Só no entorno do Maracanã o número de policiais a ser empregado será cerca de 70 por cento maior que o utilizado na Copa das Confederações, em 2013, quando houve protestos e conflitos entre policiais e manifestantes nos arredores do estádio.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier, com reportagem adicional de Pedro Fonseca)

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