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Ex-militar, padre caubói une missa com show musical

3 jul 2012 - 15h48
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Quando tinha sete anos, brincava de celebrar a missa com bolacha maisena e groselha. "Já tinha certeza que queria ser padre", diz Alessandro Campos, mais conhecido como o "Padre sertanejo", apelido em referência ao visual (veste chapéu e bota), aos shows de música sertaneja que faz pelo Brasil (definido por ele mesmo como "um evento de evangelização") e à própria história de vida.

Aos sete anos, Alessandro Campos já sabia o que queria ser: padre
Aos sete anos, Alessandro Campos já sabia o que queria ser: padre
Foto: Divulgação


Nascido em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, morou um ano em Aparecida (SP) e, mais tarde, mudou-se para Mogi das Cruzes, onde a família reside. Cresceu ouvindo moda de viola e sucessos musicais, como os de Zezé di Camargo & Luciano. Aliás, de certa forma, a dupla ajudou Campos a se inspirar ainda mais na futura função. Ao assistir os irmãos em um rodeio em Barretos (SP), pensou: "Quando for padre, também quero arrastar essa multidão, mas para cantar em nome de Jesus Cristo".



Aos 13 anos, entrou para o seminário. Estudou filosofia, teologia e "estagiou" na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a diocese militar do Brasil, em Resende (RJ). Depois, mudou-se para Brasília e assumiu o cargo de tenente e capelão do Colégio Militar da cidade. Lá iniciou as missas. Em nove meses, transformou um galpão em uma igreja.



Certa vez, inseriu a música sertaneja na celebração religiosa. "Usei alguns clássicos que falavam de paz, Deus, família", conta. Noutro, apareceu vestindo bota e chapéu. Pronto. Virou o "Padre sertanejo". "O rito religioso é o mesmo. A diferença é a alegria da missa".



Naquela época, a pedidos dos fiéis, Campos lançou um CD com as canções que costumava cantar na igreja. Vendeu 22 mil cópias. De acordo com o padre, a verba foi revertida para a construção da paróquia. Com tanto sucesso na região, a igreja ficou pequena para tantos seguidores. Menor ainda quando recebeu o convite de uma gravadora. Gravou um CD, desta vez, de cunho nacional.



"Pedi permissão ao bispo para evangelizar fora da paróquia, como um missionário", conta. A resposta não poderia ter sido melhor. "'Você tem a minha benção. Use o carisma que Deus te deu e leve paz e alegria às pessoas'", disse Campos, repetindo as palavras do bispo. Para se ter ideia, o padre já se apresentou para um público de 800 mil fiéis.



Atualmente, Campos viaja pelo Brasil celebrando missas ao som de música sertaneja de apelo religioso. A estrutura para tal impressiona. Trata-se de um verdadeiro show (seis por mês), tamanho é o profissionalismo do evento. "Custa caro R$ 30 mil toda essa produção. No momento, parte do dinheiro é revertida para a diocese e outra para uma creche que tenho em Mogi das Cruzes com 180 crianças carentes", diz. O futuro? "Construir um santuário sertanejo, mas ainda é cedo para falar disso", comenta.

Fonte: PrimaPagina
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