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Peão trocou prancha de surfe por rodeio; confira bate-papo

31 ago 2012 - 18h49
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Em 2008, ele conquistou o mundo disputando o campeonato mundial de montaria em touros pela PBR (Professional Bulls Riders). Por três anos consecutivos (2005, 2006 e 2007), no entanto, bateu na trave, sendo vice-campeão. Guilherme Marchi é um dos melhores peões brasileiros e, assim por dizer, uma dos mais técnicos. Com 30 anos, quase não se machucou na carreira (apenas em 2011, quando quebrou as costelas). A seguir, confira um bate-papo com o competidor:

Guilherme Marchi, campeão mundial em 2008 pela PBR (Professional Bull Riders)
Guilherme Marchi, campeão mundial em 2008 pela PBR (Professional Bull Riders)
Foto: Andre Silva / Divulgação


Terra: Fale um pouco sobre sua infância.

Guilherme Marchi: Nasci em Itupeva (SP) e morei lá até os 12 anos. Depois, morei em Bertioga (litoral paulista) até os 17. Aos 15, cursei colégio agrícola em Jacareí (SP) e lá me interessei pelo mundo sertanejo.



Terra: Chegou a surfar em Bertioga?

GM: Sim, tomei muitos tombos na prancha (risos). De resto, quase todo dia jogava vôlei e futebol na praia.



Terra: Quando iniciou no rodeio?

GM: Iniciei aos 18 anos. Em 2001, comecei ir constantemente ao rodeio e, em 2002, fui campeão nacional pela CNAR (Confederação Nacional do Rodeio).



Terra: Quando foi para os EUA?

GM: Fui em 2004, no meio da temporada, mas consegui me classificar para final mundial. Nos três anos seguintes, fui vice-campeão e, em 2008, consegui a fivela de campeão do mundo. Graças a Deus sempre montei bem.



Terra: Qual esporte você pratica além da montaria em touro?

GM: Eu gosto de laçar (modalidade laço em dupla), assistir futebol. Sou são-paulino. Os esportes que pratico, porém, são todos ligados ao rodeio.



Terra: Você foi três vezes vice-campeão. Qual foi mais frustrante?

GM: Em 2006. Estava liderando e precisava parar no último touro para ser campeão. Consegui, recebi a nota e isso me daria o título, mas os juízes revisaram minha montaria e me deram apelo (nota zero). A partir daí não tinha mais chances. Essa doeu muito.



Terra: Como o peão é tratado nos EUA?

GM: Como ídolo, igual os jogadores de futebol aqui no Brasil. Não existe um rodeio que vamos e que não somos abordados para dar autógrafo e tirar fotos.



Terra: Vocês perdem a privacidade com todo esse assédio?

GM: Não, porque eles são muito educados, sempre pedem para tirar foto. Às vezes, incomoda um pouco quando estamos almoçando e temos que parar para atender, porém, esse é o preço da fama (risos).



Terra: Quando Guilherme Marchi não está nas arenas, o que está fazendo?

GM: Estou lançando, andando a cavalo junto com minha mulher e meus filhos.



Terra: Em toda sua carreira, onde considera que errou?

GM: Errei em investimentos. Montei um restaurante nos EUA, porém, aprendemos com os erros. E acho que isso foi válido como aprendizado.



Terra: Se Guilherme Marchi não fosse peão de rodeio seria o quê?

GM: Veterinário ou técnico agrícola. Sou apaixonado pela vida no campo.

Fonte: PrimaPagina
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