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Peão com curso superior opta por carreira em rodeio

26 set 2012 - 18h56
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Em seu primeiro ano no campeonato brasileiro da PBR (Professional Bull Riders), João Ricardo Vieira, de Itatinga (SP), lidera o ranking do Rookie of the Year de 2012 (revelação do ano). Formado em Zootecnia, o paulista escolheu seguir a carreira de peão de rodeio e, neste ano, venceu as etapas de Luziânia (SP) e Frutal (MG). Aos 28 anos, oito deles na montaria em touros, Vieira já disputou em Barretos (SP) e conquistou o torneio universitário de 2004. Terra conversou com o peão. Acompanhe:

À direita, João Ricardo Vieira, líder do ranking do Rookie of the Year de 2012
À direita, João Ricardo Vieira, líder do ranking do Rookie of the Year de 2012
Foto: Andre Silva / Divulgação


Terra: Como iniciou a carreira de peão de rodeio?
João Ricardo Vieira:

Começou na brincadeira. Eu tinha uns amigos que montavam. Cresci em fazenda e lá sempre tem esse negócio de montar em cavalo bravo ou bezerro. Depois entrei em um colégio agrícola (São Manoel-SP), aos 16 anos, e lá tinha um amigo (Alexandre, apelidado de "Maneta") que montava em touro. Ele me chamou para treinar e aceitei. Toda quarta-feira a gente dividia um táxi para ir até a fazenda treinar.



Terra: Você disputou o rodeio universitário?
JRV:

Sim, eu sabia que tinha o circuito universitário de rodeio. Só quem estivesse na faculdade podia montar. Minha mãe queria que eu fizesse faculdade e fiz o curso de Zootecnia em Paraguaçu Paulista (SP). Lá que comecei a participar de rodeio, em 2004.



Terra: E decidiu abandonar o curso?
JRV:

Não abandonei o curso, fiz até o final. O patrão do meu pai pagou a faculdade e disse que quando eu me formasse, poderia trabalhar com ele. Mas comecei a ganhar dinheiro no rodeio e terminei a faculdade ganhando bem, mais do que se seguisse com a zootecnia.



Terra: Nesses oito anos como profissional, qual o touro mais complicado que enfrentou?
JRV:

É difícil falar um só. O touro Convento, da Cia. Califórnia, foi difícil. Montei quatro vezes e não parei nenhuma. O outro é o Sonzera, da Cia. LFC Dr. Eraldo. Era perigoso. Às vezes enfiava o chifre na cara dos peões, mas eu consegui parar nele uma vez.



Terra: E quanto a lesões, teve alguma?
JRV:

Lesão grave, nenhuma. Um ralado aqui ou machucado ali. Isso depende do estilo de montar. Tem de fazer menos movimentos errados em cima do animal. Tem de ficar concentrado. Lá no brete você não escuta ninguém falar.



Terra: Se ganhar o Rookie of the Year deste ano, o que mudará na sua carreira?
JRV:

É um título que engrandece o currículo, fora o dinheiro (prêmio de R$ 20 mil para o vencedor) que ajuda a competir no exterior, nos Estados Unidos. No momento, tenho vontade de competir nos EUA, nunca foi para lá. Agora estou mais preparado para competir.



Terra: As revelações dos anos anteriores não têm se destacado muito nas arenas. Por que com você pode ser diferente?
JRV:

Desde o início da minha carreira eu sou um peão bem constante, estou sempre ganhando. Passo uma fase ruim, coisa de 15 dias, mas depois volto a ganhar. Acho que essa constância pode me ajudar a me manter entre os melhores e continuar a ser um campeão competitivo.

Fonte: PrimaPagina
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