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Jogos Olímpicos - 2012

Rodrigo Pessoa diz que primeiro bronze valeu mais que ouro atrasado

24 jul 2012 - 05h16
(atualizado às 06h27)
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O cavaleiro Rodrigo Pessoa, que será o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura de Londres 2012 na sexta-feira, não considera sua única medalha de ouro - nos Jogos de Atenas em 2004 - o maior momento olímpico em sua carreira.

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Dois motivos fazem com que Pessoa escolha a medalha de bronze obtida em Atlanta 1996 como seu momento preferido. O terceiro lugar conquistado pela equipe brasileira de saltos foi a primeira medalha olímpica da história do hipismo brasileiro. Além disso, o ouro de Atenas só foi confirmado a Pessoa quase um ano após os Jogos, depois que foi detectado doping no cavalo do irlandês Cian O''Connor, que havia terminado a prova em primeiro lugar.

"O ouro veio depois de um ano, depois da desclassificação do cavaleiro irlandês. Como momento, Atlanta 1996 foi superior. Foi um momento muito especial", disse Pessoa à BBC Brasil.

Nervos

Em 1996, Rodrigo Pessoa fazia parte da seleção que também tinha Doda Miranda Neto, Luiz Felipe Azevedo e André Johannpeter. "Nós não tínhamos uma posição de grande favorito nessa prova. A equipe vinha fazendo bons resultados, mas nada de especial. Mas naquele dia tudo foi se engatando de uma maneira positiva."

Rodrigo Pessoa precisou controlar seus nervos, devido a um atraso de quase uma hora na prova. "Houve uma pancada de chuva antes de eu passar, e a prova acabou adiada por uma hora. Tive que manter minha concentração. Quando recomeçou, eu passei e tive um desempenho muito bom. Fiz zero a melhor pontuação no hipismo. Na segunda passagem, nós tivemos uma boa posição: quinto. E fomos melhorando até acabar na luta com a França, que era uma das equipes fortes. Na última passagem, eu precisava fazer zero para conseguir a medalha de bronze para a equipe e fiz."

A mesma equipe brasileira que conquistou o bronze em Atlanta 1996 voltou ao pódio na mesma posição quatro anos depois, em Sydney. No entanto, aquela Olimpíada ficou marcada para Rodrigo Pessoa em outra competição.

No salto individual, ele era favorito para ganhar o ouro, mas seu cavalo, Baloubet du Rouet, refugou em um dos saltos, e Pessoa acabou fora do pódio na modalidade. "Onde eu estava mais bem preparado, e realmente tinha esperança de ganhar o ouro, foi em Sydney, só que não aconteceu. De novo, ganhamos uma medalha de bronze", conta.

O cavaleiro não sabe ainda hoje explicar porque o cavalo refugou na hora da competição. O ouro no salto individual veio finalmente na Olimpíada seguinte, em Atenas 2004, novamente com o cavalo Baloubet du Rouet.

Pessoa terminou as provas em segundo lugar e chegou a subir no pódio para receber a medalha de prata.

"Em Atenas, eu consegui uma medalha de prata, que foi um bom resultado, porque eu comecei muito mal de manhã. Me recuperei na parte da tarde e subi várias posições. Isso para mim foi bastante positivo".

Posteriormente a desclassificação por doping do conjunto irlandês fez com que Rodrigo Pessoa fosse coroado com o ouro. Quatro anos depois, o próprio Rodrigo Pessoa foi desclassificado em Pequim 2008, por doping do seu cavalo, Rufus.

O cavaleiro brasileiro - que nasceu na França e viveu quase toda sua vida na Bélgica - é hoje técnico e integrante da seleção brasileira de hipismo. Ele competirá ao lado de Doda Miranda Neto, Zé Roberto Fernandez Filho, Cacá Motta Ribas e Chiquinho de Azevedo.

Em Londres 2012, ele será o porta-bandeira da delegação olímpica brasileira na cerimônia de abertura, na sexta-feira. "Eu espero que tenhamos um bom desempenho. Acho que a equipe tem um bom potencial, mas vai depender um pouco da sorte do dia", afirma o cavaleiro, que está prestes a disputar sua sexta olimpíada, igualando o recorde brasileiro de participações, do iatista Torben Grael.

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Foto: AP
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