PUBLICIDADE

Na Stock Car, Rubinho adota lema: "renascer aos 40"

1 mar 2013 - 20h04
(atualizado às 23h35)
Compartilhar
Exibir comentários

Rubens Barrichello passou o dia em Interlagos. Após se divertir com o trânsito que enfrentou até o circuito, ele fez os últimos ajustes no carro da equipe Medley antes de a temporada 2013 da Stock Car começar, cravou o 15º melhor tempo do treinamento da manhã, almoçou com o amigo e concorrente Max Wilson, voltou à pista para ser apenas o 25º mais rápido à tarde e concedeu entrevistas com um sorriso no rosto.

Aos 40 anos, com dois vice-campeonatos de Fórmula 1 no currículo e a experiência de ter guiado na Fórmula Indy no ano passado, Rubinho está animado para o desafio de ser competitivo na principal categoria de carros de turismo do Brasil. O veterano havia disputado três provas da Stock Car em 2012, na condição de convidado, e resolveu repetir a experiência para "renascer" em 2013.

"A vida é boa, e precisamos estar abertos a experimentar tudo a qualquer hora. Tive tantos renascimentos nessa minha fase no automobilismo que deveria até vestir uma camiseta com frase: ‘Renascer aos 40 anos’. Pilotar na Stock Car é o começo de algo que pode ser duradouro para mim. É o que espero", comentou Rubinho.Apesar de ter vestido a camisa da Stock Car - com "foco total", segundo ele mesmo -, o piloto não descartou se transferir de categoria outra vez em 2014. Rubinho tinha a intenção de seguir na Indy na atual temporada, porém foi obrigado a mudar de ideia em virtude de um desacerto financeiro.

"Eu achava que, depois de um ano de Indy, conhecendo melhor as pistas e aprendendo mais sobre o carro, seria normal ficar lá. Mas o mundo vive de dinheiro, e isso não é culpa de ninguém. A Stock sempre foi uma paixão. Agarrei completamente. Era a hora certa. Isso não significa que eu não possa ter outras experiências no futuro", reforçou.

Barrichello até deu um exemplo inusitado para explicar a sua postura. "Se alguém me oferecer para pular de paraquedas e quebrar o recorde de velocidade vertical, preciso pensar. A vida está aí para ser apreciada. A gente deve experimentar tudo o que gosta. Adoro o que faço e quero sentir coisas legais. Por outras delas, como pular de paraquedas, não tenho curiosidade. Mas e correr em Le Mans? É legal. De novo em Daytona? Legal, quero voltar", comentou.

Por enquanto, a realidade de Rubinho é a Stock Car. Ele ainda está em fase de adaptação ao carro de turismo após passar duas décadas a bordo de monopostos. "Já me sinto mais tranquilo por ter guiado na Stock no ano passado e em Daytona. Mas, se eu desse uma volta de Fórmula 1 hoje, ainda estaria mais acostumado àquele carro do que aos de turismo", confessou.

A ambientação da nova estrela da categoria precisará ser rápida. A temporada já começa neste fim de semana, em Interlagos. "Todo o mundo ficou um pouco prejudicado por não ter feito uma pré-temporada na semana passada, mas tudo bem. Assim como eu, todos estão aprendendo a lidar melhor com os pneus Pirelli, que reage de forma diferente da Fórmula 1 na Stock Car. No meu caso, vou dar sequência ao que estava fazendo. Só é sacanagem dizer que isso é fácil, pois fiquei em 22º lugar na estreia. Quero melhorar cada vez mais para chegar ao topo", vislumbrou o quarentão.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade