Presidente da CBV admite preocupação "apenas" com Seleção de 2020
18 abr2011 - 17h03
(atualizado às 21h08)
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Thiago Bordini Tufano
Direto de São Paulo
Presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) há 14 anos, Ary Graça foi homenageado na tarde desta segunda-feira, em São Paulo. Durante o lançamento do livro "Brasil, o País do vôlei", o mandatário foi surpreendido com depoimentos de jogadores, ex-jogadores, técnicos e familiares, que elogiaram seu trabalho por tantos anos à frente da entidade. E um dos grandes motivos do sucesso do vôlei brasileiro apontado por Graça é a renovação que o esporte passa a cada ano.
Prova disso é que o presidente admitiu, em entrevista ao Terra, que não está preocupado com o time do Brasil na Olimpíada de 2012, em Londres, e muito menos com o elenco de 2016, no Rio de Janeiro, já que essa renovação é constante desde que assumiu a presidência da entidade. ¿Estou preocupado apenas com 2020 porque 2016 o time está pronto. Fomos campeões mundiais juvenil e a equipe está muito madura, lembrou Ary Graça.
Quando questionado qual era o segredo do sucesso di Brasil no esporte, o presidente preferiu se esquivar da pergunta e admitiu que torce para que os grandes rivais do país no vôlei não descubram a chave desse sucesso. "Não tem muito segredo. Estamos trabalhando de forma organizada e coordenada. Só espero que Polônia, Rússia e Bulgária não se organizem nunca porque o dia em que esses presidentes se organizarem vamos ter problemas sérios. Mas nós só fazemos o que tem que ser feito", completou Ary.
O presidente foi pego de surpresa com as homenagens no evento realizado em São Paulo. Após os depoimentos, Ary, com lágrimas nos olhos, não perdeu o bom humor e fez questão de brincar com os convidados, inclusive com a líbero Fabi, que fez uma breve imitação do presidente.
"E eu que achava que viria fazer outras coisas aqui, mas muito obrigado a todos. Esse momento é o momento que eu sempre quis que acontecesse. Se os jogadores estão me homenageando quer dizer que estou conseguindo atingir o que planejei há 16 anos, quando entrei na confederação", afirmou.
Atenas 2004 -Giba foi um dos principais jogadores da Seleção na conquista do bicampeonato olímpico. Diferente da equipe feminina, o time dos homens confirmou o favoritismo diante da rival Itália e sagrou-se pela 2ª vez na história campeão olímpico. Era a confirmação do sucesso da Era Bernardinho, que, na época, colocava o Brasil como campeão dos quatro principais torneios do mundo: além da Olimpíada, o País venceu o Campeonato Mundial, a Copa do Mundo e a Liga Mundial
Foto: AFP
Los Angeles 84 -Foi o primeiro pódio da Seleção Brasileira de vôlei em uma Olimpíada. O segundo lugar na cidade americana levou a equipe que tinha Montanaro, Bernardinho, Bernard e companhia a ficar conhecida como Geração de Prata. O time, comandado pelo técnico Bebeto de Freitas, surpreendeu na fase classificatória e derrotou os Estados Unidos, que jogavam em casa, mas acabaram perdendo para os próprios americanos na decisão, ficando com a prata
Foto: Gazeta Press
Barcelona 92 -Com Giovane, Tande, Carlão e companhia, a Seleção Brasileira daquele ano entrou definitivamente para a história. A equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães conquistou a primeira medalha de ouro para o País em esportes coletivos e colocou o vôlei brasileiro na rota dos grandes títulos. A chamada Geração de Ouro fez uma grande campanha em território catalão, encerrando com um sonoro 3 sets a 0 diante da Holanda
Foto: AFP
Atlanta 96 -Com Ana Moser e Fernanda Venturini o Brasil conquistava nos Estados Unidos um grande resultado para o vôlei do País: o bronze olímpico. Era o primeiro pódio olímpico das meninas do vôlei, que vinham de um quarto lugar em Barcelona 92. A equipe verde e amarela perdeu para a eterna rival Cuba na semifinal e acabou enfrentando a Rússia na disputa pelo terceiro lugar, vencendo por suados 3 sets a 2
Foto: AFP
Sidney 2000 - Na Austrália, Seleção feminina repetiu feito conquistado quatro anos antes, em Atlanta 96, e conquistou a medalha de bronze. Nas quartas de final, Brasil despachou a seleção alemã, vencendo por convincentes 3 sets a 0. No entanto, nas semis, time verde e amarelo voltou a ser eliminado pela rival Cuba, por 3 sets a 2, tendo que se contentar com a disputa pelo bronze. Na briga pelo terceiro lugar, as brasileiras venceram as americanas com facilidade por 3 a 0
Foto: AFP
Atenas 2004 -A Seleção feminina de vôlei jamais havia chegado a uma Olimpíada com tanto favoritismo como em Atenas 2004. Mas o sonho do ouro foi por água abaixo e a equipe comandada por Zé Roberto Guimarães conquistou apenas o 4º lugar. O time caiu já nas semifinais, quando desperdiçou nada menos que sete match points contra a Rússia e acabou derrotado. E na disputa pelo bronze, mais uma vez a Seleção perdeu, desta vez, pela rival Cuba, assim como em Atlanta 96 e Sidney 2000
Foto: AFP
Pequim 2008 -Enfim o ouro olímpico foi conquistado pelas meninas do vôlei. O mesmo Zé Roberto Guimarães que havia decepcionado o País com um 4º lugar em Atenas 2004 levou a Seleção ao lugar mais alto do pódio 4 anos depois. A equipe fez uma campanha impecável e, até a decisão contra os EUA, não havia perdido nenhum set. Na final, o Brasil levou um susto. Venceu o 1º set, mas levou o empate. No entanto, conseguiu reverter a situação e faturou pela primeira vez o ouro no vôei
Foto: AFP
Pequim 2008 -Defendendo o título olímpico, a Seleção chegou à capital chinesa como grande favorita e tentando se tornar a 1ª equipe a conquistar dois ouros seguidos na modalidade. Mas o americano Stanley e o levantador Ball (foto) acabaram de vez com o sonho brasileiro. Nas quartas de final o Brasil de Bernardinho derrubou a China, dona da casa, e a rival Itália, mas caiu diante dos americanos na final, perdendo por 3 sets a 1