Ecologistas temem desastre no Cáucaso russo após Jogos de Inverno
9 mai2011 - 10h13
(atualizado às 12h05)
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A menos de três anos dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014, a Rússia trabalha a todo vapor para aprontar tudo a tempo, enquanto ecologistas alertam para um possível desastre ambiental nesta região do Cáucaso banhada pelo mar Negro.
Dmitri Kozak, vice-primeiro-ministro encarregado de supervisionar o projeto, considerado crucial para a imagem nacional, apresentou recentemente um relatório a seu superior, o primeiro-ministro Vladimir Putin, no qual indica que 70% das obras estão finalizadas.
Grupos de habitantes da área e de ecologistas, entretanto, estão alertando para o custo ambiental das obras sobre os frágeis ecossistemas locais, e afirmam que as perdas podem ser irrecuperáveis.
Os organizadores dos Jogos seguem adiante com seus planos, indicando que a natureza será respeitada, confirme prometiam no projeto de candidatura.
"Os danos são ainda piores do que temíamos a princípio", denunciou Souren Gazarian, do Observatório para o Meio Ambiente do Cáucaso Norte, uma associação regional que acompanha de perto as obras.
"As equipes de construção fazem o que querem, e este lugar é um exemplo disso", acrescentou, mostrando um rio cujos arredores estão cobertos por uma lama escura que parece piche. Tudo isso dentro do Parque Nacional de Sochi.
O parque sofreu um vazamento em janeiro, que deixou na região do rio resíduos da construção de um túnel, poluindo tudo ao redor.
O ministério do Meio Ambiente russo condenou o incidente, classificando-o como "inadmissível", mas pediu dez dias para conter a entrada de produtos tóxicos ao parque.
O cubano Angel Valodia Matos se irritou ao ser desclassificado quando vencia o cazaque Arman Chilmanov por 3 a 2, no taekwondo de Pequim 2008. O cubano não aceitou a decisão dos juízes e começou a gritar com o árbitro central, Chakil Chelbat, da Suécia. Descontrolado, chutou a cabeça de Chelbat e, não satisfeito, ainda deu um soco no peito de um dos árbitros laterais
Foto: AFP
Na luta greco-romana de Pequim 2008, o sueco Ara Abrahamian se irritou com o juiz suíço Jean-Marc Petoud na disputa semifinal da competição contra o italiano Andrea Minguzzi. No momento da premiação, ele jogou a medalha de bronze que ganhou no chão e saiu do pódio, antes mesmo de o hino ser tocado, mostrando sua insatisfação com as decisões tomadas pelo árbitro
Foto: AFP
A oposto Mari comemorou a conquista do ouro em Pequim 2008 fazendo um gesto de "cala a boca" pela sua grande atuação e declarou: "agora, vão ter que nos aplaudir. E de pé". A frase foi em resposta ao fracasso e às críticas à Seleção feminina de vôlei em Atenas 2004, quando perdeu para Rússia após estar vencendo por 24 a 19 na semifinal. Por esse gesto, a jogadora chegou a receber alguns comentários repreensivos, mas declarou, posteriormente, não se arrepender do que fez
Foto: AFP
Em 1994, na época da seletiva americana da patinação, Nancy Kerrigan e Tonya Harding disputavam vaga, mas Kerrigan foi agredida com golpes nos joelhos na saída de um torneio, deixando a vaga livre para Harding. Investigações apontavam para participação do ex-marido de Harding e da patinadora na agressão. Sem concluir o inquérito, os EUA enviaram as duas para Lillehammer, na Noruega. Kerrigan ficou com a prata e Harding terminou em 8º e ainda admitiu culpa na agressão
Foto: AFP
Em Munique 1972, 17 pessoas morreram, entre elas 11 atletas israelenses, 5 terroristas palestinos e 1 policial. Na manhã de 5 de setembro, terroristas palestinos da organização Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica e dormitórios da delegação israelense. Duas pessoas foram assassinadas imediatamente e outras nove foram feitas reféns. Os terroristas pediram a libertação de 200 árabes prisioneiros em Israel e ameaçaram executar dois reféns a cada hora
Foto: AFP
Depois da derrota da Seleção Brasileira feminina para a rival Cuba na semi do vôlei em Atlanta 1996, uma briga tomou conta do ginásio. Ana Mozer confrontou-se sozinha com as cubanas, após um jogo muito disputado, pedindo "respeito" à todas, mas em especial a Mireya Luis, comandante das provocações. Marcia Fu chega para defender Ana e também discute com as cubanas. O árbitro precisou intervir, mas a confusão continuou nos vestiários com agressões e mais provocações
Foto: Getty Images
Em Munique 1972, EUA e URSS disputavam o ouro no basquete. Os soviéticos venciam por 49 a 48, quando perderam a bola e fizeram falta, que resultou em 2 lances livres. Com 3s para virar, os soviéticos perderam a bola faltando 1s. O técnico Vladimir Kondrashin alegou que pediu tempo depois dos lances livres. A partida foi interrompida pela Federação Internacional, exigindo que o relógio voltasse para 3s. O jogo terminou 51 a 50 para URSS e os EUA se recusaram a receber a prata
Foto: AFP
Na Cidade do México 1968, Tommie Smith e John Carlos, dos EUA, entraram para a história. Primeiro e terceiro colocados, respectivamente, subiram ao pódio e fizeram a saudação "black power", feita pelos "Black Panters" (movimento dos anos 60 que lutava contra a discriminação racial), com o braço direito levantado e luvas pretas. O COI os baniu dos Jogos. Em Atenas 2004, o brasileiro Diogo Silva repetiu o gesto com o objetivo de protestar contra a falta de apoio do esporte