Diretor diz que CBB auxilia na naturalização de Larry
17 jun2011 - 12h34
(atualizado às 13h35)
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Marcel Pedroza
Grande surpresa na lista de convocados pelo técnico Rúben Magnano para a disputa do Pré-Olímpico, o americano Larry Taylor ainda está regularizando a naturalização para poder defender a Seleção Brasileira em uma competição oficial. A respeito deste processo, o diretor de Seleções da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Vanderlei Mazzuchini, afirmou, em estrevista ao Terra, que a entidade auxilia o jogador.
"Estamos auxiliando ele neste processo, mas ainda não temos nenhuma posição oficial se dará certo. Se ele (Larry) for realmente naturalizado, brigará como qualquer outro brasileiro, vamos esperar até 4 de julho (data da apresentação) para saber se ele poderá estar no grupo. Mesmo se ele não conseguir se naturalizar, já terá nos ajudado bastante com suas ótimas temporadas com a camisa de Bauru", explicou.
A posição de armador na Seleção sempre foi alvo de críticas, já que o titular Marcelinho Huertas não tem um reserva à altura. No último Mundial, o treinador argentino levou Nezinho e o jovem Raulzinho para a posição. Porém, os dois não tiveram bons desempenhos e Huertas ficou sobrecarregado na função. Mesmo assim, Vanderlei Mazzuchini disse que a convocação de Larry não se deve a esta "carência", e sim a um jogador que vem tendo um bom desempenho no basquete brasileiro.
"É um jogador que realmente fez três temporadas muito boas no NBB e que tinha essa vontade de jogar pelo Brasil. Eu vejo a convocação do Larry mais pelo lado de ser mais um jogador com potencial, do que para suprir alguma ausência. Mas, serão nos treinamentos que o Ruben vai decidir quem irá para s Argentina", afirmou o diretor.
Presença de jogadores da NBA
Outro assunto que chamou a atenção na lista anunciada por Magnano foi a presença dos atletas que atuam na NBA, já que a ida deles ao Pré-Olímpico ainda é incerta por conta de uma greve dos jogadores, que não aprovaram uma possível diminuição no teto salarial americano.
Com este imbróglio, os clubes não liberariam os jogadores para competições internacionais. Sobre este assunto, Mazzuchini disse que a CBB não foi comunicada oficialmente e que irá aguardar para saber se poderá ou não contar com estes atletas (Nenê, Tiago Splitter, Leandrinho e Varejão).
"Ainda não temos nenhuma posição oficial e o Rúben convocou estes atletas porque na cabeça dele são os melhores, dentro da filosofia aplicada. No dia 4 de julho é que vamos saber o que vai acontecer e então poderemos solucionar cada caso individualmente", disse Mazzuchini, que também confirmou que a entidade já está estudando todas as possibilidades para contar com os jogadores que atuam no basquete americano.
"Temos que aguardar, mas já estamos estudando todas as alternativas. Estamos mantendo contato com os jogadores para saber como será feito o seguro com os times. Também sabemos que a decisão oficial sobre a greve sairá no dia 30, então poderemos ter uma definição sobre o caso", concluiu.
O Pré-Olímpico de basquete será disputado em Mar del Plata, na Argentina, entre os dias 30 de agosto e 11 setembro. Ele dará duas vagas para os Jogos de Londres em 2012.
Gustavo KuertenNos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata-1995, o tenista Gustavo Kuerten ganhou os holofotes mais por conta da aparência, pouca ortodoxa para um tenista, do que pelos resultados em quadra. Dois anos depois, o mesmo garoto de cabelos desgrenhados, pinta de surfista e golpes desconcertantes abocanhou o trofeu de Roland Garros. Guga venceria ainda por mais duas vezes o nobre torneio francês
Foto: Getty Images
Maurren MaggiMaurren Maggi ganhou notoriedade no Pan de Winnipeg 1999, quando faturou o ouro no salto em distância. No Pan do Rio 2007, deixou novamente as oponentes comendo poeira e celebrou o bicampeonato. Experimentada, consagrou-se nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 ao ser a primeira brasileira a obter uma medalha de ouro em esportes individuais no principal evento poliesportivo do mundo
Foto: Getty Images
Michael JordanAinda garoto, Michael Jordan fez chover no Pan de Caracas 1983. O ouro na Venezuela foi apenas a fagulha de uma carreira sem paralelos no basquete mundial. Depois do Pan, Jordan seria campeão olímpico duas vezes, campeão seis vezes da NBA e considerado o melhor jogador de todos os tempos no esporte
Foto: Getty Images
Torbem GraelA história da vela brasileira se confunde com a trajetória de Torben Grael. Estreou no Pan de Caracas 1983 com uma medalha de bronze. Ganharia ainda outras cinco medalhas em Jogos Olímpicos (duas ouro, duas prata e uma bronze) e mais cinco títulos mundiais. Edificou a carreira na classe Star
Foto: Getty Images
Mark SpitzNo alto dos 17 anos, ganhou cinco medalhas de ouro no Pan de Winnipeg 1967. O rótulo de gênio do esporte, porém, só veio com a incrível marca de nove medalhas de ouro acumuladas nos Jogos Olímpicos da Cidade do México 1968 e de Munique 1972
Foto: Getty Images
Ricardo PradoProdígio, Ricardo Prado já disputava campeonatos pela Seleção Brasileira aos 12 anos. Em Jogos Pan-Americanos, acumulou sete medalhas (dois ouros, três pratas e dois bronzes). No ápice da forma física e técnica, foi prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984. Ainda hoje é reconhecido como um dos mais talentosos nadadores brasileiros
Foto: Gazeta Press
Acelino "Popó" FreitasPopó fez vítimas no Pan de Mar del Plata 1995. Após a prata nos ringues argentinos, largou o amadorismo e decidiu se empenhar na conquista do cinturão mundial, feito que conseguiu em 1999, ao bater o cazaque Anatoly Alexandrov por nocaute e se sagrar o melhor entre os Leves
Foto: Getty Images
Randy CoutureO estrelato de Randy Couture começou a ser moldado no Pan de Havana 1991, quando foi ouro na luta greco-romana. Em 1997, iniciou uma sólida carreira no MMA, que culminou com dois títulos mundiais do Ultimate Fighting Championship (UFC) em duas categorias diferentes: meios-pesados e pesos-pesados
Foto: Getty Images
Wanderley Cordeiro de LimaBicampeão da maratona nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003, Wanderley Cordeiro responde por uma das trajetórias mais heroicas da história recente da Olimpíada. Em Atenas 2004, foi agredido em plena disputa por um fanático religioso, mas se recompôs e cruzou a linha de chegada a tempo de levar o bronze
Foto: Getty Images
Maria Esther Bueno Antes de conquistar Wimbledon por três vezes (1959, 1960 e 1964), Maria Esther Bueno desfilou a classe no Pan da Cidade do México 1955. Além disso, contabiliza 589 títulos ao longo da carreira
Foto: AFP
Cesar CieloÚnico nadador brasileiro a ocupar o topo do pódio em Jogos Olímpicos também brilhou no Pan. No Rio de Janeiro, em 2007, foi soberbo ao levar três ouros. Ali, começava o domínio nos 50 m, distância que lhe traria os títulos olímpico e mundial
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Rodrigo Pessoa Cavaleiro da primeira estirpe, filho de Nelson Pessoa - ouro no Pan de Winnipeg 1967 - Rodrigo Pessoa não tardou a mostrar do que era capaz. No Pan de Mar Del Plata 1995, com 22 anos, levou o ouro diante de cavaleiros bem mais experientes. Montando o Baloubet Du Rouet, fiel escudeiro, arrebatou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas 2004
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Seleção Brasileira de basquete femininoO ouro no Pan de Havana 1991 arrancou elogios do até então sisudo Fidel Castro. Três anos mais tarde, capitaneada por Janeth (foto), Hortência e Magic Paula, a equipe levou o inédito título mundial para o basquete brasileiro feminino
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Seleção Brasileira masculina de VoleibolUma derrota que forjou uma geração. A prata no Pan de Havana 1991 impulsionou um time que "varreu" os adversários nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992. Tande, Giovane, Maurício, Marcelo Negrão e Carlão foram os grandes atores do inédito ouro olímpico para o voleibol brasileiro
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JairzinhoO Pan de São Paulo 1963 presenciou de perto as arrancadas infernais de Jairzinho, fundamental para a conquista da medalha de ouro. Sete anos mais tarde, transformaria-se em um dos simbolos do tri mundial da Seleção Brasileira no México
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Adhemar Ferreira da SilvaO topo do pódio no Pan de Buenos Aires 1951 foi um prenúncio do que viria. Um ano depois, Adhemar levou o ouro nos Jogos Olímpicos de Helsinque. Repetiria o feito nas Olimpíadas de Melbourne 1956
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Mark McGwireConseguiu dois home runs e foi o maior rebatedor da seleção dos EUA, com seis corridas marcadas no torneio. McGwire, porém, não conseguiu evitar que os Estados Unidos perdessem o ouro para Cuba e a prata para Nicarágua, ficando com o bronze. Depois do Pan, o rebatedor ganharia fama ao quebrar o recorde de home runs da Liga Americana de Beisebol (MLB), em 1998
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Seleção Cubana feminina de VoleibolHegemônica no voleibol feminino na década de 1990, formou-se a partir do talento inquestionável de jogadoras como Regla Torres, Mireya Luis e Regla Bell. Além do apoteótico ouro no Pan de Havana 1991, as meninas do técnico Eugenio Jorge conquistaram o tri olímpico em Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sydney 2000
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Teófilo StevensonLenda do boxe cubano, Teófilo Stevenson levou a melhor nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México 1975 e San Juan 1979. A fama mundial veio com o ouro nos Jogos Olímpicos de Munique 1972, Montreal 1976 e Moscou 1980
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Willis ReedO gigantesco pivô já era um dos nomes mais valiosos do basquete americano quando atuou no Pan de São Paulo 1963. Foi o primeiro jogador da história da NBA a ser eleito MVP (melhor jogador) da temporada regular, All-Star Game e playoffs em uma mesma temporada. É por essas e tantas outras que Willis cravou o nome no Basketball Hall of Fame em 1982