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Marinheira, Kátia Cilene bate continência e conduz Seleção

16 jul 2011 - 17h42
(atualizado às 19h14)
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Mônica Garcia
Direto do Rio de Janeiro

Uma das atletas mais experientes da equipe militar de futebol feminino do Brasil, a marinheira Kátia Cilene comandou a festa no primeiro jogo da Seleção Brasileira pelos 5º Jogos Mundiais Militares, contra a França. Com dois gols da veterana da equipe, o Brasil venceu o jogo por 4 a 1.

Kátia mostrou que ainda está em forma para assumir um posto também na Seleção principal. "Vestir essa camisa verde e amarela sempre é muito bom, é uma emoção sem medida. Eu sou brasileira no coração e na alma", afirmou a jogadora.

Quanto à disciplina e a hierarquia que as Forças Armadas exigem, a marinheira Kátia explica que as regras também valem dentro das quatro linhas.

"A gente não pode ficar falando palavras mais fortes durante o jogo. É diferente de um jogo civil. Dentre de campo, tem tenente, cabo, capitão. Temos uma hierarquia e devemos respeito. Isso é muito interessante", explicou a experiente jogadora.

Na comemoração do seu segundo gol, a atleta bateu continência, mas afirmou que foi apenas uma brincadeira, e não uma ordem por parte das Forças Armadas. "Hoje não tem Marinha, Exército ou Aeronáutica, somos todos brasileiros. E estamos aqui para ganhar o maior número de medalhas para o nosso País", declarou.

Atualmente defendendo o Paris Saint-Germain da França, e morando há cinco anos na Europa, onde também defendeu o Lyon, a atleta pensa em retornar ao Brasil em breve, já que são muitos anos vivendo fora de casa.

"Eu gosto de jogar lá fora, já estou bem adaptada na França. Mas já está na hora de voltar para a casa. Estou sentindo saudades daqui, são muitos anos fora. E eu estou pensando sim em voltar para o Brasil", comentou.

A jogadora sabe que, por ser a mais experiente do grupo, há uma grande expectativa em cima dela, mas afirma que a pressão nunca chegou nem a seus pés e muito menos a sua cabeça. Kátia Cilene procura jogar o futebol alegre e bonito que marca o nosso país. E vê os Jogos Militares como uma grande chance de o futebol feminino ser reconhecido por todos.

"O futebol feminino é um esporte como outro qualquer. É tão atraente quanto o masculino. Podemos não ter a força do futebol dos homens, mas a qualidade e a técnica nós temos. Ainda vejo muitas pessoas falando que futebol é coisa de homem. Mas não é. Na Europa e nos EUA, às pessoas não tem essa visão. Mas isso já está começando a mudar aqui, hoje muita gente já conhece quase todas as jogadoras da Seleção principal feminina, isso é muito bom", desabafou.

Para Kátia, a visibilidade que o futebol pode ganhar conquistando a medalha de ouro é muito grande. Embora o Brasil seja bicampeão na modalidade nos Jogos Militares, vencer em casa sempre traz mais benefícios para o esporte.

"Com toda a mídia que os Jogos estão recebendo, o futebol vai ser bem divulgado. E isso é muito importante para nós. Se ganharmos a medalha de ouro vai ser uma grande realização. Vamos ganhar muito e poder explorar mais a imagem do futebol feminino. E isso com certeza irá dar mais visibilidade para as meninas que jogam aqui."

As Forças Armadas investiram muito trazendo nomes de peso para a Seleção feminina de futebol: além da marinheira Kátia Cilene, as marinheiras Tânia Maranhão e Maycon (agora Andrea Santos), que foram prata nas Olímpiadas de Atenas (2004) e Pequim (2008) e ouro no Pan de Santo Domingo (2003) e no do Rio (2007), também fazem parte do time estrelar da Seleção brasileira de futebol feminino.

Fonte: Bulcão e Tresdê Assessoria e Comunicação Ltda - Especial para o Terra Bulcão e Tresdê Assessoria e Comunicação Ltda - Especial para o Terra
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