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Ginástica

Após evitar ver ginástica até na TV, Daiane sonha com volta ao topo

18 ago 2011 - 07h35
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Marcel Alonso
Ricardo Gomes
Direto de São Paulo

Depois de uma sucessão de contratempos, que inclui contusões, cirurgias e até suspensão por doping, o maior nome da ginástica brasileira voltou.Daiane dos Santos, 28 anos, foi a grata novidade no Meeting Internacional de ginástica artística, em Natal, disputado em junho último. Contra todos os prognósticos, que apontavam para uma apresentação sóbria, sem inovações, Daiane "desfilou" ao som de uma música latina, apresentando ligeiras mudanças em sua coreografia.

Com um "duplo twist carpado", sua assinatura, ensandeceu o ginásio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e recebeu a aprovação dos juízes, que cravaram 13.750 pontos. Título assegurado no solo e votos renovados.

"Não tinha uma forma melhor de recomeçar. Estávamos trabalhando para isso (o pódio), mas a gente nunca tem certeza dos resultados que virão. A tendência é melhorar cada vez mais", comemorou a ginasta, que não competia em nome da Seleção Brasileira desde 2008.

O resultado foi o primeiro de grande estatura após o afastamento por testar positivo em furosemida - Daiane foi penalizada em cinco meses. "Foi uma grande lição. Acho que o mais complicado foi ficar longe das competições, da Seleção Brasileira, era doloroso. Tanto é que eu nem acompanhava ginástica pela TV para não sofrer".

Com o caminho livre para brilhar, Daiane sabe que ainda tem muita lenha para queimar e não para de tramar novas incursões. Todas com cautela, sem qualquer presunção. Mirando o Mundial no Japão e o Pan de Guadalajara, a ginasta deixa bem claro que o seu objetivo é voltar a povoar o primeiro escalão.

"A intenção é sempre de ter uma boa classificação, brigar por uma medalha, estar entre as melhores. A gente sempre busca isso, Nosso trabalho é voltado para isso".

Daiane prefere traçar as metas mais prementes. Londres 2012, por exemplo, ainda é um enigma. Mesmo assim, a campeã mundial em 2003 não se furta em dar os seus palpites sobre a sorte brasileira nos Jogos Olímpicos do próximo ano. Para ela, além das apostas contumazes - Jade Barbosa, Daniele e Diego Hypólito e Laís Souza - outros bons nomes podem surgir ainda neste ciclo."Só saberemos (se novos valores emergirão) ou não no Mundial (do Japão, em outubro) e na própria Olimpíada. Não tem como prever. Tivemos grandes nomes em outras ocasiões por causa dos bons resultados conquistados antes dos Jogos, mas isso não quer dizer que faltarão talentos nesta Seleção", analisa Daiane, que confia em um "trabalho de formação benfeito" prospectando os Jogos do Rio 2016.

Após superar problemas, Daiane dos Santos começa volta por cima
Após superar problemas, Daiane dos Santos começa volta por cima
Foto: Eladio Machado / Terra
Fonte: Terra
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