Argentinos usam barcos emprestados pelo Brasil em treino para Pan
30 set2011 - 10h30
(atualizado às 11h46)
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Celso Paiva
Marcelo do Ó
Direto de Guadalajara
Os remadores argentinos estão sofrendo para conseguir se preparar para os Jogos Pan-Americanos. Instalados em uma cidade próxima a Ciudád Guzman, local onde acontecem as provas de remo e canoagem da competição, os nossos "Hermanos" ainda não tiveram o contêiner onde estão seus barcos liberados para chegar à cidade mexicana.
Curiosamente, quem salvou a vida dos remadores do país foram os brasileiros, que estão emprestando os barcos que seriam usados pelos suplentes para os argentinos poderem continuar praticando. Apesar do auxílio brasileiro, o diretor técnico da Argentina, Guillermo Pfaab, espera uma solução rápida para o caso.
"É difícil, porque não chegaram nossos barcos. Estamos esperando que venham do porto, por isso está atrapalhando um pouco nossa preparação. Graças ao Brasil, esse barco nos facilitou para podermos fazer com que algumas equipes possam treinar, porém algumas não conseguem fazer porque não é o barco adequado", disse.
"Não sei de quem é a responsabilidade pela demora, mas passou e agora temos que solucioná-la. Espero que possamos desenvolver o que treinamos. Agora nosso problema principal é chegar os barcos. Espero que tudo saia normalmente. Vamos competir dentro das nossas possibilidades".
De acordo com o diretor técnico da Confederação Brasileira de Remo, Wandir Kuntze, que acompanha a equipe verde e amarela, o empréstimo do barco para os argentinos não está atrapalhando a preparação do Brasil. "Era um barco reservado para os nossos suplentes. Não atrapalha em nada nossa programação e por isso resolvemos ajudar".
Os remadores argentinos que não podem competir, por não terem o barco adequado, tentam se distrair da forma mais tranquila possível. Durante a passagem da reportagem do Terra, foi possível ver alguns atletas lendo livros, mexendo em seus laptops ou tomando sol em um deck no local.
Pan 2011 no Terra
O Terra transmitirá simultaneamente até 13 eventos, ao vivo e em HD, dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara via web, tablets e celular.
Com uma equipe com mais de 220 profissionais, a maior empresa de Internet da América Latina fará a mais completa cobertura da competição que será realizada de 14 a 30 de outubro, trazendo, direto do México, a preparação de atletas, detalhes da organização e toda a competição, com conteúdo em texto, fotos, vídeos, infográficos e muita interatividade.
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Ao mesmo tempo em que os Jogos Olímpicos podem consagrar a carreira de um atleta, a competição pode manchar uma trajetória vitoriosa. Alguns grandes campeões não conseguiram repetir um bom desempenho quando eram considerados favoritos na Olimpíada. Relembre 25 fracassos olímpicos:
Foto: Getty Images / AFP
Vôlei feminino brasileiro - Atenas 2004Em uma das maiores viradas do esporte mundial, a Seleção Brasileira feminina de vôlei, que tinha a ponteira Virna (foto) como um dos destaques, acabou derrotada pela Rússia, por 3 sets a 2, após estar vencendo por 2 a 1 e ter a vantagem de 24 a 19 na quarta parcial. Depois de seguidos erros, as comandadas de Zé Roberto perderam a partida e foram consideradas o grande fracasso dos Jogos Olímpicos 2004
Foto: Getty Images
Paula Radcliffe - Atenas 2004Paula Radcliffe era uma das principais fundistas do mundo em 2004 e uma das favoritas para as provas dos 10 km e da maratona. Na maratona, a atleta correu 36 km e desistiu da corrida quando estava na quarta colocação, desencadeando uma crise de choro. Após a decepção na maratona, Radcliffe tentou se recuperar na prova de 10 km, mas também desistiu quando não conseguiu acompanhar os líderes da prova
Foto: Getty Images
Futebol masculino brasileiro - Atlanta 1996O futebol brasileiro sempre carrega o trauma de nunca ter conquistado um ouro olímpico e com esta geração não foi diferente. Com um belo time que contava com Ronaldo, Juninho Paulista e Bebeto (foto), que foi um dos três jogadores acima de 23 anos a compor o elenco, a Seleção acabou derrotada de maneira dramática pela Nigéria nas quartas de final e acabou fora da disputa pelo tão sonhado ouro
Foto: Getty Images
Diego Hypólito - Pequim 2008Bicampeão mundial em 2005 e 2007, o ginasta Diego Hypólito chegou aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 como aposta certa para a medalha de ouro no solo. Na primeira fase tudo caminhou normalmente e o atleta se classificou na primeira colocação. Já na fase final, um tombo após um movimento acabou com o sonho de Diego, que terminou a competição no modesto sexto lugar
Foto: Getty Images
Adriana Behar e Shelda - Sydney 2000Em Sydney 2000, a medalha de prata conquistada pela dupla Adriana Behar e Shelda foi decepcionante, já que as brasileiras, então tetracampeãs mundiais, eram favoritas absolutas. No auge de suas formas, perderam a final para as australianas Cook e Pottharst e amargaram mais uma derrota inexplicável do esporte brasileiro
Foto: Getty Images
Roger Federer - Atenas 2004Após vencer o Aberto da Austrália e o torneio de Wimbledon, Roger Federer figurava no topo do ranking da ATP e era o favorito para a conquista da medalha de ouro olímpica. Porém, após bater o russo Nikolai Davydenko na primeira rodada, o suíço perdeu para o checo Tomas Berdych, então apenas o 79º do mundo, na segunda rodada e foi eliminado precocemente do torneio
Foto: AFP
Basquete masculino americano - Atenas 2004Apesar de contar com estrelas como Carmelo Anthony, Dwyane Wade, Tim Duncan, Allen Iverson (foto) e LeBron James, a seleção americana perdeu para Porto Rico e Lituânia na primeira fase do torneio de basquete da Olimpíada de Atenas. O vexame ficou completo após os então campeões olímpicos serem derrotados pela Argentina, que conquistaria a medalha de ouro, nas semifinais. Os americanos ficaram apenas com o bronze
Foto: Getty Images
Futebol masculino brasileiro - Sydney 2000Mais uma vez a Seleção de futebol chegou aos Jogos Olímpicos para conquistar a primeira medalha de ouro para o esporte na história. Porém, o time que tinha bons jogadores, como os meias Alex e Ronaldinho e o zagueiro Lúcio, e era comandada por Vanderlei Luxemburgo, acabou eliminado mais uma vez nas quartas de final por uma seleção africana: desta vez para Camarões, que tinha como grande destaque o atacante Eto'o
Foto: AFP
Daiane dos Santos - Atenas 2004Embalada pela música Brasileirinho, Daiane dos Santos era uma das maiores esperanças de medalhas para o País. No ano anterior, ela havia conquistado o título mundial executando o movimento duplo twist carpado, que foi apelidado com seu nome, Dos Santos. Nos Jogos Olímpicos, a ginasta, lesionada, não conseguiu um bom desempenho na final e acabou na quinta colocação
Foto: AFP
Jadel Gregório - Atenas 2004Jadel Gregório chegou aos Jogos Olímpicos de 2004 como um dos grandes nomes da prova do salto triplo, por conta do vice-campeonato no Mundial indoor e pelo segundo melhor salto da temporada. Em Atenas, Gregório não conseguiu repetir o bom desempenho que havia tido no ano e acabou apenas no quinto lugar
Foto: AFP
Sergey Bubka - Barcelona 1992O ucraniano Sergey Bubka, campeão olímpico em 1988, tricampeão mundial (1983, 1987 e 1991) e detentor do recorde mundial do salto com vara, fez um dos melhores saltos na fase classificatória. Porém, na final, Bubka decepcionou ao falhar em seus três primeiros saltos e não ficar nem entre os 10 primeiros colocados da competição
Foto: Getty Images
Maurren Maggi - Sidney 2000Maurren Maggi chegou à Olimpíada de Sidney em grande forma. No ano anterior, a atleta havia conquistado o Pan-Americano e feito a melhor marca da temporada, com 7,26 m. A esperança de medalha era grande, mas Maurren não chegou nem à final do evento. Com um salto de 6,35 m, ela ficou apenas na 25ª posição
Foto: Gazeta Press
Basquete feminino brasileiro - Barcelona 1992Após conquistar o ouro no torneio feminino de basquete do Pan-Americano de Havana, em 1991, vencendo as donas da casa na final, o Brasil chegou a Barcelona com uma esperança de medalha. Porém, ainda na primeira fase, a equipe perdeu para Cuba e para CEI e foi eliminada do torneio. Na eliminatória para decidir o quinto lugar, o Brasil ainda perdeu para a Espanha e, após vencer a Itália, acabou com a sétima posição
Foto: Getty Images
Alexander Popov - Atenas 2004Mesmo já no fim da sua carreira, Alexander Popov, um dos maiores nomes da história da natação, conquistou a medalha de ouro nos 100 m e nos 50 m livres no Campeonato Mundial de Barcelona, em 2003. As medalhas deram esperança para o nadador disputar a Olimpíada de Atenas, porém ele não conseguiu nem chegar à fase final nestas provas e decepcionou seu país
Foto: Getty Images
Liu Xiang - Pequim 2008Campeão olímpico e mundial dos 110 m com barreiras, o chinês Liu Xiang era uma das principais estrelas da Olimpíada de Pequim. Porém, apesar de todo o apoio da torcida local, o atleta não suportou uma lesão no tendão de Aquiles e abandonou a competição ainda na fase classificatória, deixando os milhões de fãs chineses decepcionados
Foto: Getty Images
Federica Pellegrini - Pequim 2008Dona do recorde mundial dos 400 m livres, a italiana Federica Pellegrini chegou à Olimpíada de Pequim 2008 como favorita para a conquista do ouro na prova, mas não fez uma boa final e ficou apenas com a quinta posição. Mesmo assim, a atleta deu o troco nos 200 m livres, conquistando a medalha de ouro, com o recorde mundial
Foto: Getty Images
João Derly - Pequim 2008Medalha de ouro no Campeonato Mundial de Judô do Rio de Janeiro em 2007, João Derly chegou a Pequim com esperança de medalha na categoria até 66 kg. O judoca venceu seu primeiro combate contra o sul-coreano Joo-Jin Kim, mas perdeu a luta seguinte para o português Pedro Dias e ficou de fora inclusive da repescagem pelo bronze
Foto: AFP
Boxe cubano - Pequim 2008Cuba sempre foi uma potência mundial no boxe, porém, na Olimpíada de 2008, o país não conseguiu ganhar nenhuma medalha de ouro. Os cubanos não passavam por uma decepção como essa desde a Olimpíada de 1968, no México, quando o país ganhou apenas duas medalhas de prata no boxe
Foto: Getty Images
Mike Powell - Atlanta 1996Após conquistar medalhas de prata nos Jogos de 1988 e 1992 no salto em distância, o recordista mundial Mike Powell foi para a Olimpíada de Atlanta buscando seu primeiro ouro olímpico. Apesar do esforço, o atleta ficou apenas na quinta posição, atrás de seus compatriotas Carl Lewis (ouro) e Joe Greene (bronze). Após a competição, Powell decidiu se aposentar do atletismo
Foto: Getty Images
Linford Christie - Atlanta 1996Após conquistar a medalha de ouro nos 100 m rasos na Olimpíada de Barcelona e no Campeonato Mundial de atletismo de 1993, o britânico Linford Christie chegou à Olimpíada de Atlanta como um dos grandes favoritos a conquistar mais uma medalha olímpica. Porém, após queimar duas vezes a largada da prova final, Christie foi desclassificado. No ano seguinte, o atleta anunciou sua aposentadoria
Foto: Getty Images
Vera Nikolic - Cidade do México 1968Dois meses antes da Olimpíada de 1968, no México, a iugoslava Vera Nikolic estabeleceu o recorde de 2min00s50 nos 800 m rasos. A imprensa e o governo da Iugoslávia criaram grande expectativa por uma medalha de ouro na Olimpíada. Porém, durante a semifinal, a atleta de 20 anos sentiu a pressão e, após correr aproximadamente 300 m, desistiu da prova
Foto: Getty Images
Laure Manaudou - Pequim 2008Após conseguir a medalha de ouro nos 400 m livres, a prata nos 800 m livres e o bronze nos 100 m costas na Olimpíada de 2004, Laure Manaudou chegou a Pequim como a grande esperança da França na natação. Após um oitavo lugar nos 400 m livres, um sétimo nos 100 m costas e parar na semifinal dos 200 m costas, ela afirmou ter perdido a vontade de nadar competitivamente e anunciou sua aposentadoria no ano seguinte, aos 22 anos
Foto: Getty Images
Franco e Roberto Lopes - Atlanta 1996Franco e Roberto Lopes (foto) eram os líderes do ranking mundial quando o vôlei de praia estreou em Olimpíadas, em Atlanta 1996. Cabeças de chave do torneio, os jogadores venceram sua primeira partida, contra os checos Palinek e Pakosta, mas decepcionaram ao perderem a segunda, já nas oitavas de final, para os espanhóis Bosma e Jimenez, e serem eliminados do torneio
Foto: CBV / Divulgação
Rodrigo Pessoa - Sidney 2000Tricampeão mundial em 1998, 1999 e 2000, Rodrigo Pessoa era o grande favorito para conquistar a medalha de ouro nos Saltos individuais, mas acabou ficando famoso por três refugadas de seu cavalo, Baloubet de Rouet. Com os erros, Pessoa acabou eliminado da disputa e conquistou apenas o bronze na competição por equipes
Foto: Getty Images
Basquete americano masculino - Seul 1988Campeã olímpica em 1984, a seleção de basquete dos Estados Unidos fez uma campanha impecável na primeira fase dos Jogos de 1988, mas perdeu na semifinal para a União Soviética por 82 a 76. Mesmo com a vitória sobre a Austrália na disputa pelo bronze, a terceira posição teve um gosto amargo para os americanos, que haviam conquistado o ouro na modalidade em nove das 11 edições anteriores da Olimpíada