Brasileiro nega deboche de rival: "se estivesse perdendo, riria igual"
- Leandro Miranda
- Direto de Guadalajara (México)
Na derrota de Daniel Paiola e Hugo Arthuso nesta segunda-feira pelas duplas masculinas do badminton (21/17 e 21/15), chamavam a atenção as risadas do americano Halim Ho a cada ponto marcado pelos brasileiros. Como se não estivesse minimamente preocupado com uma virada verde-amarela, o atleta nascido na Indonésia sorria e balançava a cabeça quando os rivais conseguiam emplacar uma jogada bonita ou explorar algum erro da dupla dos Estados Unidos. Para Paiola, porém, o comportamento do adversário - campeão mundial de duplas em 2001 - não foi por falta de respeito.
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"Sim, a gente percebe (as risadas), mas é dele, pode acreditar. Ele acaba querendo deixar a gente nervoso, mas não é isso que deixa, não. Se ele estivesse perdendo, ia estar rindo igual", disse o brasileiro, que briga por uma vaga na final de simples masculino nesta terça-feira, às 14h de Brasília, diante do favorito guatemalteco Kevin Cordón.
Paiola também detectou outra provável causa para os sorrisos constantes de Ho: uma forma de disfarçar a irritação com os erros de seu companheiro de equipe, Sattawat Pongnairat. "Querendo ou não, a gente perde o jogo no detalhe para ele (Ho). Na hora H, ele não deixa que o outro (Pongnairat) jogue, porque o outro não é tão bom. Ele acaba às vezes ficando nervoso porque o outro não faz as coisas. Acho que, para ele não ficar nervoso, ele dava uma risada", minimizou.
Com a derrota desta segunda, o badminton brasileiro levará apenas uma medalha para casa no Pan-Americano de Guadalajara, com Daniel Paiola. Se vencer Cordón, ele brigará pelo ouro na final; caso perca, já estará garantido com o bronze (não há disputa de terceiro lugar). O Brasil somou outros dois resultados negativos nas quartas de final desta segunda: Lohaynny Vicente, 15 anos, perdeu para a canadense Joycelyn Ko, enquanto Alex Tjong, 20 anos, parou no jamaicano Charles Pyne.
Saiba mais sobre o badminton:
O esporte se joga com uma raquete especial e um tipo de peteca, podendo ser praticado em partidas simples ou de duplas. A peteca tem uma forma cônica e é formada por 16 penas que estão dentro de uma base de cortiça, coberta por uma pequena capa de couro. O objetivo do jogo é fazê-la tocar na quadra adversária. Apesar de as origens do badminton remeterem ao século XIV, o esporte não fez parte do programa olímpico até a edição de 1992, em Barcelona.
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