Com gafe de organização, Poliana Okimoto é prata na maratona aquática
- Renato Pazikas
- Direto de Puerto Vallarta (México)
Medalhista de prata na maratona aquática dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, Poliana Okimoto repetiu o resultado em Guadalajara. Neste sábado, ela ficou na segunda posição da prova realizada em Puerto Vallarta, bem distante da argentina Cecilia Biagioli. A também brasileira Ana Marcela Cunha, que havia sido anunciada pelo locutor oficial do evento como a segunda colocada, ficou na verdade em quinto, conforme a organização corrigiria pouco depois.
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Toda a confusão foi motivada pela chegada muito apertada das atletas. Fora Biagioli, que disparou e venceu de ponta a ponta, as demais competidoras que brigavam pelo pódio completaram o trajeto de 10 km bem próximas.
As toucas verde e amarelas iguais de Okimoto e Cunha não ajudavam na diferenciação das compatriotas e confundiu a todos os presentes. Incluindo a organização da disputa, que anunciou nos alto-falantes que Ana Marcela havia ficado em segundo.
A informação foi desmentida pela própria atleta, que em entrevista logo após deixar a água lamentou o desempenho que a deixou de fora do pódio. Depois, os organizadores corrigiriam a gafe, apontando ainda a americana Christine Jennings como a ganhadora do bronze.
"Frustrada a gente sempre sai, a gente sempre quer a medalha. Nadei a prova bem, fiz um bom trabalho, mas no final fiquei para trás", afirmou a baiana Cunha, 19 anos, que no Mundial de Xangai, disputado entre julho e agosto de 2011, havia ficado com a medalha de ouro na maratona aquática de 25 km.
Tanto no Pan-Americano quanto na Olimpíada a distância é diminuída para 10 km. Nesse percurso, Ana Marcela foi quinta colocada nos Jogos de Pequim 2008, mas não obteve classificação para Londres. Em 2012, apenas Okimoto representará o País na modalidade.
Assim, a prova em Puerto Vallarta, cidade litorânea localizada a cerca de 350 km de Guadalajara, começou e terminou em polêmica. Antes, a delegação dos Estados Unidos ameaçou boicotar o evento devido à alta temperatura do mar, que na parte da tarde (horário local) chega a beirar os 31º C, próximo do limite de 32º C estabelecido pela Federação Internacional.
Na última sexta foi realizado um congresso para discutir o assunto, mas os dirigentes americanos tiveram o voto vencido. Para minimizar o problema, pelo menos a largada da prova masculina acabou antecipada das 11h30 (local, 14h30 de Brasília) para as 9h (12h de Brasília). Já a versão feminina teve o início retardado em cinco minutos, para as 9h05 (12h05 de Brasília), e portanto a chegada das mulheres não coincidiu com a dos homens.
Ao final, as atletas entraram na água com uma temperatura de 29,5º C que incomodou bastante a vice-campeã. "Eu tentava beber bastante líquido para recuperar um pouco. Estava me sentindo mole. mas uma prata é sempre muito bem vinda, estou muito feliz", disse a paulista, 28 anos, dona do sétimo lugar em Pequim 2008.
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