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Técnico fala em formação de "família" após morte de pai de Maurine

26 out 2011 - 00h32
(atualizado às 00h41)
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Emily Canto Nunes
Direto de Guadalajara

O luto de Maurine se tornou uma dor de todos na Seleção Brasileira feminina de futebol, que nesta terça-feira passou pelas anfitriãs mexicanas e garantiu a vaga na final dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara com 1 a 0. Após o jogo, o técnico Kleiton Lima se emocionou ao falar da morte do pai da jogadora, Brasil Gonçalves, 72 anos, e disse que a forma como o time está lidando com esta perda foi fundamental para vencer na semifinal.

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"Acima de tudo vejo um desenho de Deus nisso, o fato de ela ter decidido ficar e ter feito o gol da classificação, de garantia de medalha. Acima de tudo, ela é uma menina que merece muito: guerreira, versátil e eu fico até emocionado em falar porque nesses dois dias abraçando ela, nós sentimos a dor e ao mesmo tempo a emoção de viver esse momento ao lado dela", disse Kleiton, que também reconheceu que o México fez um bom jogo, mas que o Brasil merecia ganhar.

"Tivemos cada letra de Brasil, o 'b' de beleza, o 'r' de raça, o 'a' de amor, o 's' de saudades, o i de irmandade e o l de liderança, pois queremos acabar essa copmpetição em primeiro lugar, cada uma dessas palavras, entraram em campo hoje", disse o técnico, que trabalha com Maurine há mais de quatro anos.

"Nós usamos isso antes: Brasil é o nosso pai, Brasil é a nossa terra, Brasil é a nossa gente, e o pai dela representa o pai de cada um que está aqui. Acho que Deus premiou a exibição dela, não só o gol, mas toda a exibição dela. A Maurine é uma menina muito guerreira, uma jogadora que tem um brio, um espírito de Deus nela. Eu acreditava que, mesmo com todas essas circunstâncias, ela ia fazer um bom jogo e assim foi feito", contou Kleiton.

Além da união do grupo, que tem se mantido fechado desde a morte do pai da jogadora, o técnico deixou bem claro que foi uma decisão da atleta de permanecer.

"Quando veio a notícia, todo mundo acolheu a Maurine, como se todos nós fossemos da família, e de fato somos, porque convivemos muito juntos. Em nenhum momento, em nenhum momento mesmo, foi falado para ela ficar, condicionado alguma coisa para ela ficar, pelo contrário, estávamos sempre apoiando, eu nem imaginava que ela pudesse ficar. Ela me procurou após falar com sua mãe, irmãs e, como não ia conseguir chegar a tempo do velório, quis atender ao pedido do pai de levar a medalha de ouro. Acho que isso deu muita força para ela", disse o técnico.

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Fonte: Terra
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