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Jogos Panamericanos 2011

Ex-coletor de lixo, brasileiro vira protagonista em cerimônia de encerramento

31 out 2011 - 00h24
(atualizado às 01h56)
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Celso Paiva
Renato Pazikas
Direto de Gudalajara (México)

O paulista Solonei Silva protagonizou o início da cerimônia de encerramento dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Ex-coletor de lixo na cidade de Penápolis, o atleta, vencedor da medalha de ouro na maratona, recebeu a premiação durante o evento que marca o final do evento no México, em um pódio armado no meio do gramado do Estádio Omnilife. Com o local lotado, o maratonista cantou o hino nacional e recebeu o aplauso do público.

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A cerimônia de encerramento dos Jogos Pan-Americanos iniciou com a tradicional execução do hino do país local.A cantora Ely Guerra, filha do ex-técnico do Chivas Guadalajara Alberto Guerra, emocionou o público com uma apresentação sóbria e leve. Sem trilha sonora, a artista, com uma voz poderosa, recebeu o apoio do coro do público presente no Estádio Omnilife, que cantou pela última vez a composição nacionalista.

Depois da execução do hino nacional, o público pôde acompanhar no imenso telão a exibição dos principais momentos dos Jogos Pan-Americanos. Passando pelo primeiro ouro, conquistado pela americana Heather Irmiger no mountain bike, até as consagrações de Thiago Pereira, Cesar Cielo, Marcel Stürmer e Solonei Silva, brasileiro que subiu no lugar mais alto do pódio neste domingo, depois de vencer a maratona. Uma queima de fogos, depois dos vídeos, recebeu os atletas.

A delegação brasileira se despediu logo em seguida. Liderada pelo ginasta Diego Hypólito, responsável por carregar a bandeira verde-amarela, a equipe empolgou o público com animação. Os atletas se misturaram entre si. O padrão da abertura, quando cada país desfila dividido, foi quebrado, e a festa tomou conta do palco do Estádio Omnilife.

Depois do desfile solto dos atletas, o protocolo oficial foi adotado. O presidente da Odepa, Mario Vázquez Raña, e o governador de Jalisco, Emilio González Marquez, entraram no centro do gramado do estádio Omnilife e adotaram um discurso objetivado para ressaltar a organização mexicana, especialmente o político do estado que recebeu a edição de 2011 dos Jogos Pan-Americanos.

"Não construímos apenas estádios e a Vila Pan-Americana, construímos confiança, orgulho, reconhecimento e o futuro do país. Mostramos que o México é isso que acreditamos, que confiamos em nós mesmos, na nossa capacidade. Sabemos trabalhar para fazer coisas grandes, mostrar o melhor do México. Agora vamos tentar realizar as Olimpíadas. Agora é a vez da Olimpíada, viva o México!", discursou.

O discurso ufanista do governador de Jalisco acabou ressaltado por Manuel Vazquez Raña. "Conseguimos no final uma coisa maravilhosa. O estado de Jalisco nos recebeu de braços abertos. Muito obrigado aos habitantes, ao povo de Guadalajara, que povo simpático. Obrigado, foram os melhores Jogos Pan-Americanos da história", discursou, antes de cometer a primeira gafe da festa.

"Dou por encerrado os Jogos Pan-Americanos às 23h, digo, 21h50, horário de Guadalajara", afirmou, sem lembrar que, com o final do horário de verão mexicano neste domingo, o horário exato do discurso às 20h50. No entanto, este no foi o único.

A gafe do presidente, entretanto, não foi a única. Seguindo o roteiro programado para a cerimônia de encerramento, o hino canadense foi executado, mas com falhas. Com uma interrupção no som, a cantora Florence K se atrapalhou durante a canção, mas superou o problema rapidamente e encerrou a apresentação. Em seguida, os prefeitos de Guadalajara e Toronto, Rob Ford, executaram a "passagem do bastão" da cidade mexicana para a canadense.

Fonte: Terra
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