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Verdão acorda no segundo tempo, evita vexame e goleia Sampaio Corrêa

13 mai 2015 - 00h12
(atualizado às 07h06)
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A noite desta terça-feira tinha tudo para causar estranheza no otimismo palmeirense. Por decisão do clube, o anel superior do Palestra Itália esteve aberto apenas em pequeno setor para os visitantes. Em campo, quem usava verde e branco era o Sampaio Corrêa, que saiu vencendo no primeiro tempo. Mas o Verdão, vestindo azul, acordou no segundo tempo para ganhar de virada por 5 a 1 e evitar um vexame.

Como empatou por 1 a 1 na ida, no Maranhão, o time de Oswaldo de Oliveira se garantiu na terceira fase da Copa do Brasil, quando enfrentará ASA ou Vitória, que começam a se enfrentar nesta quarta-feira, em Arapiraca (AL). Mais a goleada serviu mais como redenção até por erros cometidos nesta noite, quando todos os quase 25 mil ingressos colocados à venda foram comprados.

Em um primeiro tempo sofrível, Vitor Hugo foi humilhado por Pimentinha e Wellington não saltou para evitar o gol de Diones, aos 23. Mas o Palmeiras acordou no segundo tempo: Vitor Hugo empatou, aos quatro, Cristaldo virou, aos dez. A noite passou a ser de Zé Roberto, até quando o veterano errou: concluiu jogada de Dudu para fazer o terceiro, viu Kelvin aproveitando rebote de pênalti que ele perdeu aos 34 e fechou o placar em cabeçada certeira, nos acréscimos.

À espera das datas de seus próximos compromissos pela Copa do Brasil, o Verdão volta a entrar em campo às 18h30 (de Brasília) de domingo, quando visita o Joinville pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Pela Série B, o Sampaio Corrêa recebe o Macaé às 19h30 de sexta-feira.

O jogo - Após levar quatro gols em dois jogos - sendo que metade deles custou o título paulista ao Palmeiras -, Oswaldo de Oliveira resolveu abrir mão do esquema que tinha apenas Gabriel como volante de origem. Deixou Robinho no banco para Amaral ajudar na marcação. O setor criativo ainda ganhou Zé Roberto na vaga de Valdivia, com Egídio na lateral esquerda e Cristaldo como centroavante.

Mudaram as peças, mas não mudou o posicionamento. Nem a mobilidade quase nula. Facilmente marcado pelos reservas do Atlético-MG no empate de sábado, pelo Brasileiro, o Verdão encarou um Sampaio Corrêa ainda mais ousado. Os meias Válber e Rogério e os atacantes Pimentinha e Robert bloqueavam a saída de bola dos anfitriões.

A alternativa maranhense matava qualquer tentativa palmeirense de ir à frente. Amaral, Wellington e até Egídio passaram vergonha com seus lançamentos direto da defesa para o ataque. Quando Dudu e Rafael Marques resolveram se mexer um pouco, o time deu mais trabalho, assustando o rival em cabeçada de Lucas e cobrança de falta de Egídio. Zé Roberto ainda teve gol anulado por impedimento, aos 16.

Enquanto o Palmeiras tentava se ajeitar na marra, o volante Arlindo Maracanã, técnico interino do Sampaio Corrêa, pediu ao seu time que desse um passo à frente. Sentiu que deveria explorar a desentrosada defesa adversária, já que Vitor Hugo e Wellington nunca nem treinaram juntos e Egídio fazia seu segundo jogo pelo clube, o primeiro como titular.

Além do desentrosamento, apareceram falhas individuais decisivas, e o Sampaio Corrêa abriu o placar. Aos 23 minutos, Pimentinha driblou Vitor Hugo dentro da área quantas vezes ele quis e cruzou para Diones se aproveitar da desconcentração de Wellington, que não saiu do chão e apenas assistiu à cabeçada do volante nas redes de Fernando Prass.

A partir daí, foram pouco mais de 20 minutos de terror para o palmeirense. Gritos de tensão eram ouvidos a cada vez que Pimentinha se aproximava de Vitor Hugo, Dudu não era perdoado em meio aos seus constantes erros e dois torcedores elevaram a voz em discussão nas arquibancadas, fazendo com que policiais fossem chamados para acalmá-los. Os cartões amarelos mostrados a Dudu e Fernando Prass por reclamação após o fim do primeiro tempo simbolizavam o clima.

O intervalo, porém, serviu para Oswaldo acordar seus jogadores. Além de mais ânimo, o time ganhou mobilidade ofensiva com a entrada de Robinho no lugar de Amaral. Aos 30 segundos, o meia roubou a bola e a entregou para Cristaldo fazer o goleiro Ruan, enfim, trabalhar. O argentino voltou a gerar mais uma boa defesa aproveitando cruzamento de Lucas, ainda no primeiro minuto de segundo tempo.

O Sampaio se surpreendeu por, realmente, passar a enfrentar um rival disposto a vencer, e pagou caro. Logo aos quatro minutos, após cobrança de escanteio, Wellington desviou e Vitor Hugo dominou, girando do jeito que deu para empatar. Os dois responsáveis pelo gol rival deram a volta por cima, simbolizada no giro no ar dado por Vitor Hugo em sua comemoração.

Empolgado, o Verdão foi para cima, e mostrou que bastava vontade para virar. Aos dez minutos, Lucas correu mais do que qualquer marcador e cruzou fechado, como se fosse um chute. Cristaldo se jogou para desviar de cabeça e colocar o time à frente no placar. o palmeirense, enfim, via o Palmeiras que desejou em campo.

Houve tempo ainda para a redenção de Dudu. Aos 21 minutos, o zagueiro Luiz Otávio recuou mal e o atacante usou sua velocidade para entrar completamente livre na grande área e atrair quatro marcadores até rolar para Zé Roberto chegar de trás, finalizando nas redes, e impondo tranquilidade.

A calma quase foi prejudicial. Aos 30 e 31 minutos, respectivamente, Robert e Luiz Otávio tiveram liberdade para acertar a trave pelo Sampaio Corrêa. Aos 33, porém, o árbitro marcou pênalti sobre Dudu. Zé Roberto bateu mal e o goleiro Ruan espalmou, mas Kelvin, que tinha entrado pouco tempo antes no lugar de Cristaldo, aproveitou o rebote para selar a goleada. O veterano ainda se redimiu com cabeçada certeira para fechar o placar, já nos acréscimos.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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