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Dorival diz que tempo e lado financeiro prejudicaram trabalhos antes do Santos

29 ago 2015 - 14h12
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A fase de ascensão do Santos está diretamente ligada a chegada de Dorival Jr ao comando do elenco. Antes de encarar o Cruzeiro, neste domingo, em Minas Gerais, o técnico acumula oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Classificou o time às quartas de final da Copa do Brasil, afastou o fantasma do rebaixamento, transformou o time no melhor mandante do país e vem de uma invencibilidade de nove partidas.

Os números surpreendem até mesmo Dorival, que assinou contrato de dois anos e meio com o Peixe nesta sua segunda passagem pelo clube. "Não esperava nada disso. Esperava uma reação e jogar com confiança. Resultados, às vezes, são relativos. Ninguém teria condições de imaginar que as coisas caminhariam como estão caminhando", admitiu.

Campeão Paulista e da Copa do Brasil, em 2010, Dorival Jr sempre teve um novo bem visto no alvinegro praiano. Hoje, torcedores e dirigentes dizem que o treinador “nasceu para treinar o Santos”. A referência é feita pelas más campanhas do técnico de 53 anos antes de regressas à Baixada Santista.

Desde que foi demitido pelo Peixe, após uma desavença com Neymar, Dorival passou por Atlético-MG (2010/2011), Internacional (2011/2012), Flamengo (2012/2013), Vasco (2013), Fluminense (2013) e Palmeiras (2014). E o técnico tem na ponta da língua a explicação para os insucessos recentes.

“Simples. Eu peguei equipes depois de Campeonato Mundial e Copa das Confederações. Vasco e Palmeiras. Não consegui dar um treino sequer. Não tive uma semana em aberto”, lembrou o comandante alvinegro. “Convivemos com vários aspectos, inclusive o lado financeiro. Isso gerou uma intranquilidade muito grande e foi se agravando”, completou.

Apesar de pouco tempo de estadia nos seis clubes, Dorival entende que fez bons trabalhos. “No Fluminense foi um excelente trabalho. E, com o Palmeiras, em cima de todas as dificuldades, conseguimos também (evitar o rebaixamento). Após minha saída do Santos, em 2010, só peguei trabalhos em andamentos, a não ser o Flamengo de 2012, que acabou sendo campeão da Copa do Brasil com o Jaime (de Almeida), mas em cima do um trabalho que vinhamos fazendo. Às vezes as pessoas se esquecem muito fácil de alguns detalhes”, disse.

Pelo Verdão, seu último trabalho, foram apenas 20 jogos, com apenas seis vitórias, cinco empates e nove derrotas. Um aproveitamento de 38.3%, que evitou o rebaixamento do clube ao fim do ano, mas não foi suficiente para renovar seu contrato.

Essa retomada na carreira, para Dorival, também não tem segredo nem “fórmula mágica”. Mais uma vez, a explicação estava preparada. “No Santos tivemos tempo para treinamento. E a base deixada é uma base de respeito. Resgatou a confiança. Mas o principal é que nós tivemos três semanas que eu pude aproveitar o máximo possível”, sentenciou.

Período na Europa

Ao falar sobre o período de estudos que passou na Europa, inclusive conhecendo a forma de trabalhar de Pep Guardiola, no Bayern de Munique, Dorival Jr minimizou o caso.

"A mídia ficou sabendo esse ano que estávamos fora do país, mas já é o terceiro ano, e eu nunca me preocupei. É uma necessidade nossa de olhar o que está acontecendo e constatar que o brasileiro não é tão defasado. Não é reciclagem, porque você não se recicla em 40 dias", afirmou, antes de reclamar da ciranda de troca de técnicos do Brasil.

"O treinador brasileiro tem boas coisas, mas convive com imediatismo, problemas de gestão, tudo isso. E mesmo assim fazemos bons trabalhos quando há manutenção", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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