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Empate normal ou anormal? Santistas divergem após estreia na Vila

30 jan 2016 - 19h30
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Quase 10 mil pessoas foram à Vila Belmiro na tarde ensolarada deste sábado para acompanhar a estreia do atual campeão na temporada 2016. Mas, o empate por 1 a 1 com o São Bernardo, conquistado depois de muito sofrimento, decepcionou os torcedores e ainda apontou uma divergência dentro do elenco quanto o efeito do placar nesta primeira rodada de Campeonato Paulista. Questionados se a igualdade deveria ser encarada como um fato normal em função de ser a estreia da equipe no ano, Victor Ferraz, um dos líderes do elenco, e Ricardo Oliveira, capitão do time, deram declarações opostas.

“Normal, não. Porque nós jogamos no Santos, e o Santos, independente contra quem, tem que vencer na Vila Belmiro. Mas não podemos tirar o mérito deles”, comentou o lateral, antes de ser rebatido pelo centroavante, ainda dentro do gramado.

“Normal. Tudo dentro do esperado. Nada anormal. Vamos buscar nossa forma física nos jogos. Hoje não fizemos uma grande apresentação”, afirmou o camisa 9.

Por outro lado, ambos concordaram que a falta de ritmo e o desgaste pelos trabalhos físicos de pré-temporada foram preponderantes para um futebol decepcionante neste sábado, por parte da equipe alvinegra.

“A gente ainda está muito preso, muitos jogadores sentindo as penas por causa do ritmo. Creio que logo mais estaremos no nosso ritmo e ganharemos os jogos”, projetou Ferraz.

“É notório que ainda falta perna, mas ainda está dentro do que esperávamos”, reforçou Ricardo, antes de completar.

“Tivemos um grande oponente, vieram com uma proposta bem defensiva, conseguiram marcar, conseguiram fazer um gol. Mas podemos mais. É compreensível e (o ritmo de jogo) virá com a sequência de jogos”.

O capitão santista também falou sobre as vaias e os protestos dos torcedores no segundo tempo. Ricardo Oliveira evitou criar polêmica, mas admitiu que os atletas em campo puderam sentir a revolta da arquibancada, principalmente com os passes laterais e com os recuos até Vanderlei.

“A gente tem que ter paciência. A gente entende o calor do torcedor, entende algumas vaias, algumas cobranças, mas somos nós que estamos em campo. É normal, por ser início de temporada. Seria anormal se jogássemos como nas finais (da Copa do Brasil)”, comparou o experiente jogador.

Vanderlei, que salvou a equipe pelo menos duas vezes na etapa final antes do gol de empate de Gabriel, se mostrou preocupado com vulnerabilidade do time no setor defensivo.

“Não sei se foi por ansiedade, por ser começo, a gente teve boas chances até, mas também demos muitos contra-ataques para o São Bernardo. Se a gente pegar um adversário mais qualificado, pode complicar”, avisou o camisa 1.

Agora, o Santos volta a campo para apagar a imagem deixada nesta primeira rodada na próxima quarta-feira, contra a Ponte Preta, em Campinas, às 21h45. E o camaronês Joel, reforço santista para 2016 e que fez sua estreia neste sábado, após substituir o outro estreante, Paulinho, saiu de campo pedindo paciência.

“Nós tivemos uma tarde não muito feliz. Nada aconteceu como queríamos. Mas apenas começou. Temos que ter calma e trabalhar”, finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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