Interino já esfria efetivação e não vê elenco contaminado
O novo técnico interino do Santos, o ex-zagueiro e auxiliar Marcelo Fernandes, esfriou a possibilidade de efetivação no cargo após a demissão do técnico Enderson Moreira.
Marcelo ainda tratou de afastar os rumores de um possível problema no elenco, após o vazamento das informações de comemorações dos jogadores pela saída do técnico Enderson Moreira em grupo fechado do elenco no aplicativo WhatsApp.
"Jogamos futebol e, na carreira que exerço, sempre almejo ser treinador um dia. Hoje, tenho total consciência do que sou no clube. O que aconteceu no sentido da queda do Enderson e ser chamado é um bom começo. Tenho total acesso aos jogadores. O futuro a Deus pertence, não estou encanado. Estou como funcionário do clube para cumprir a missão que me foi dada", disse o treinador.
A diretoria do Santos já realizou a primeira reunião para encaminhar um substituto para o cargo. O Terra apurou que o nome de Abel Braga é o principal sonho dos dirigentes. A contratação, no entanto, é difícil nos bastidores devido aos valores envolvidos.
Abel precisaria se readequar a nova condição salarial do clube visto que tem pedida atual de R$ 400 mil mensais. Dorival Júnior , outro nome forte, tem ganhos hoje inferiores a R$ 200 mil mensais e conta com prestígio com antigos funcionários e até jogadores devido a sua passagem vitoriosa pelo clube em 2010, quando conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil.
A saída de Enderson deixou situações a serem resolvidas, como a procura por quem vazou a informação de brincadeiras sobre a sua saída. O atacante Robinho encabeçou com os principais líderes do elenco do Santos - Ricardo Oliveira, David Braz e Elano - uma reunião não programada com os jornalistas após o treinamento desta sexta-feira, no CT Rei Pelé, para se defender e pedir desculpas.
"Esse grupo é bom, nunca tive problemas com os jogadores. Não é conversa, o ambiente é muito bom com os experientes com os mais novos. Teve a chegada do Robinho e Ricardo Oliveira, que são mais renomados, mas colocam o pé, são interessados. O grupo é bom, qualquer profissional que chegar encontrará um elenco excelente", assegurou.
O ápice do desgaste de Enderson no Santos foram as críticas públicas aos jogadores da base que "se achavam", em entrevista à Rádio Bandeirantes.
"Não posso entrar nesse detalhe porque nunca vi o clima ruim. Jogadores sempre executaram o que o Enderson perdiu. Não temos essa coisa de má interpretação do trabalho dele. No campo, nunca sentimos esse tipo de situação", amenizou.
Marcelo terá o ex-centroavante Serginho Chulapa como auxilair. O Santos ainda não deu prazo para anunciar o novo comandante, mas espera fazer até o clássico contra o Palmeiras, na próxima quarta-feira.