Fama de "cai-cai" volta a atormentar, e Neymar reclama de perseguição
15 jun2011 - 23h52
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Dassler Marques
Direto de Montevidéu (Uruguai)
Neymar entrou em campo no Estádio Centenário na noite desta quarta-feira extremamente visado não só pelos marcadores do Peñarol, adversário na final da Copa Libertadores, mas também pelo árbitro Carlos Amarilla. Ciente da fama de "cai-cai" do brasileiro, o paraguaio se mostrou rigoroso com as marcações nas jogadas envolvendo o atacante, que teria sido até ameaçado de expulsão.
Amarilla já havia mostrado rigor para com Neymar durante amistoso da Seleção Brasileira contra a Holanda em Goiânia, em 4 de junho. Deu cartão amarelo ao jogador por tentar cavar uma falta no empate por 0 a 0. Em Montevidéu, voltou a adverti-lo no primeiro tempo, quando o jogador foi acertado pelo braço de seu marcador em sua região pélvica ao tentar drible. O árbitro considerou encenação, o que teria causado irritação.
"Estou sendo ameaçado, ele (Amarilla) já falou três vezes. Estou até com medo, estou preocupado com isso. Estou tentando não simular nada", disse à Rede Globo, no intervalo do confronto. O técnico Muricy Ramalho se mostrou incomodado com a situação. "O Neymar vai acabar caindo, ele é muito leve. Esse é o jeito que o Neymar joga. E ele vai acabar expulsando", criticou o treinador.
A despeito da situação do santista, Amarilla conduziu a primeira partida da final da Copa Libertadores deixando o jogo correr, com poucas faltas. Neymar, por sua vez, mostrou estar ciente de sua condição de jogador mais importante do time brasileiro. Vaiado a cada toque na bola pela torcida uruguaia, criou as principais jogadas santistas.Já no segundo tempo, provocou o cartão amarelo recebido por Alejandro González, aos 30min. Neymar ficou com a sobra após corte da zaga do Santos e esperou o bote do rival para dar um chapéu. Foi agarrado e puxado pela camisa. Com a substituição de Elano por Alan Patrick, terminou o jogo como capitão do time - e sem ser expulso.
Finlandês, o turista Miko, de férias no Uruguai, engrossa a torcida santista na noite desta quarta-feira, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Apaixonado por futebol, ele se juntou a torcedores do Santos, comprou um ingresso e vai à decisão da Libertadores contra o Peñarol. Anderson (agachado), Marcos (centro) e Robson se uniram a ele
Foto: Dassler Marques / Terra
Santistas fazem a festa em espaço destinado do Centenário; torcedores tiveram que enfrentar caos aéreo por conta das cinzas do vulcão Puyehue, mas conseguiram chegar a Montevidéu
Foto: Dassler Marques / Terra
Dezenas de ambulantes vendem produtos do Peñarol na porta do estádio. Por cerca de R$ 20 é possível comprar um gorro para se aquecer, já que o frio é de aproximadamente 10 graus
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Este grupo de santistas chegou ao Estádio Centenário em uma van com um total de 14 torcedores. Seu Ítalo (de bigode) comandou a excursão que chegou ao Uruguai em avião
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Clima para a partida é de grande ansiedade: são sete títulos de Libertadores em campo
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Patrocinador da Libertadores escalou o time do Peñarol com placas, respeitando até o posicionamento tático dos jogadores
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Linha ofensiva: Corujo pela meia direita, Mier pela esquerda e Martinuccio e Olivera no comando do ataque
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Torcedores do Peñarol agitam em torno da Torre símbolo do Estádio Centenário
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A poucas horas do início da partida, torcedores do Santos já transitam em bom número nos arredores do Centenário. Cerca de 2,4 mil ingressos foram destinados pelo Peñarol para os santistas
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Já dentro do estádio, santistas se perfilam na espera pelo início do jogo
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Transmissão de Peñarol x Santos faz com que diversas televisões montem seus caminhões na porta do Centenário
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Em 2010, Centenário recebeu pintura nova por conta de seu aniversário de 80 anos
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Peñarol retorna à final da Libertadores pela primeira vez desde seu título em 1987
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Para dar um jeito na fome, na porta do estádio são vendidos petiscos como amendoim, nozes, amêndoas e castanhas de caju
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Conhecido como El Niño, este torcedor exibe uma série de ingressos importantes na história do Peñarol. Segundo ele, possui inclusive um da final de 1962, em que o Santos bateu a equipe uruguaia
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Em 1960, com gol de Spencer, Uruguai venceu o Olímpia na final da Libertadores. El Niño também tem este ingresso