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Laor vê saída de Dorival em 2010 como "mal entendido”

26 ago 2015 - 10h20
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“Estou com vontade de voltar para o Santos, mas não como presidente porque já passou minha época”. A frase, dita em tom de brincadeira, veio do ex-mandatário do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. “Voltarei como centroavante. Perder pênalti eu não perco”. Presente no lançamento da biografia do ídolo Pepe, na noite da última terça-feira, Laor mostrou, além de saúde, confiança no retorno de Dorival Júnior ao comando da equipe alvinegra.

“O Dorival recompôs o time. Quando eu o contratei em 2009, uma das coisas mais atraentes que ele manifestou era a força que costumava dar aos jovens. Essa história de sucesso no futebol não tem mistério nenhum: é você investir na base e dar oportunidade para os jogadores crescerem. Foi o que a gente fez”, comentou o ex-presidente.

“Acho que o Dorival deu um esquema tático (ao time), e está dando oportunidade para os jovens. Você vê o Thiago Maia jogando muita bola, me lembra o Clodoaldo. O Zeca tem sido uma surpresa, tem jogado muito bem, apoia muito bem o ataque. E tem os meus dois meninos, acho que posso chama-los assim, que assinaram o primeiro contrato profissional comigo. Gabigol e Geuvânio. O Geuvânio quase que saiu de graça e a gente conseguiu segurar”, acrescentou.

Sobre a conturbada saída de Dorival Júnior em 2010, o ex-dirigente buscou amenizar a situação. “Foi um grande mal entendido”, disse. “Ele tinha um auxiliar, que me parecia um sujeito rancoroso, que teve um atrito pessoal no vestiário com o Neymar. Quase se pegaram”, continuou. O episódio teria sido o estopim para que o jogador sofresse uma punição interna. Além de arcar com uma multa, o atleta precisou se desculpar publicamente e levou o gancho de uma partida. No entanto, na semana seguinte, às vésperas de um clássico com o Corinthians, o nome de Neymar não figurava entre os convocados.

“Me senti traído. Estava defendendo os interesses do Santos e ele nem era santista, era um contratado”, contou Laor. “Mas não iríamos tira-lo contra o nosso maior inimigo, que era o Corinthians. O prejuízo era do Santos, e o Andrés Sanchez(então presidente do Corinthians) deveria estar dando gargalhadas com isso”, completou.

Laor assumiu o Santos em 2010 como oposição a Marcelo Teixeira – que havia ocupado o cargo durante dez anos. O desgaste no trabalho deteriorou a saúde do mandatário, que precisou se ausentar do posto em diversas ocasiões até o afastamento definitivo, em 2013. A presidência passou para as mãos de Odílio Rodrigues até o fim de 2014, quando foi substituído por Modesto Roma Jr. Longe das responsabilidades diárias com o Santos, Luiz Álvaro decidiu recontar sua história e, a exemplo de Pepe, deve lançar um livro ainda este ano.

“Tenho acompanhado (o Santos) como torcedor. Outro dia falei com o Modesto (Roma Jr), pedindo umas atas do comitê de gestão, que eu preciso porque esse ano eu publico a história da minha vida. O Arnaldo Hase (ex-gerente de comunicação do Santos) está me ajudando e a ênfase obviamente vai ser o meu período no Santos - embora eu também conte das minhas passagens pelo Banespa, Banco Central, Ministério da Fazenda, e tudo o mais. Mas a ideia é publicar esse ano ainda. E vou contar tudo o que se passou nos bastidores da Libertadores (2011), inclusive o episódio do Neymar”, relatou o ex-presidente.

Para a partida desta quarta-feira, diante do Corinthians em Itaquera, pela volta das oitavas de final da Copa do Brasil, Laor fez o seu palpite. "Um 0 a 0 seria bom, mas eu queria mesmo que fosse 4 a 0". Na ida, disputada na última semana, o Santos saiu vitorioso pelo placar de 2 a 0.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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