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Luis Álvaro critica Ganso: "ganha pouco porque não quis discutir"

12 set 2012 - 18h25
(atualizado em 13/9/2012 às 01h21)
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O imbróglio envolvendo a situação do meia Paulo Henrique Ganso no Santos segue sem fim. O presidente do clube praiano, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, reiterou o desejo do time paulista, que não pretende liberar o jogador não pretende liberar o jogador por menos de R$ 23,8 milhões, valor referente a parte santista na multa contratual de R$ 53 milhões, e, ainda por cima, criticou o camisa 10. Segundo o dirigente, Ganso poderia estar recebendo um ordenado superior ao atual, caso tivesse aceitado uma das propostas feitas pela cúpula alvinegra.

Luís Álvaro disse já ter feito quatro propostas de aumento para Ganso
Luís Álvaro disse já ter feito quatro propostas de aumento para Ganso
Foto: Santos FC / Divulgação

"O gozado é que ele tem um dos menores salários do elenco proporcionalmente ao talento que tem, e nisso ele tem razão. Mas o estranho é que, por quatro vezes, eu fiz propostas muito atraentes que, se eu fosse ele e tivesse a categoria que ele tem para jogar, não pensaria duas vezes. Eu assinaria correndo. Ele ganha pouco porque não quis sentar para discutir e aceitar a nossa proposta", disse o mandatário, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN.

Indagado se uma nova oferta foi apresentada pelos são-paulinos e se o Santos havia cedido, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro negou as duas hipóteses. A reunião do comitê de gestão do clube, nesta quarta-feira, serviu apenas para ratificar o que já havia sido colocado anteriormente pelos dirigentes do Santos.

"Não existe nenhuma novidade com relação a isso. O São Paulo não apresentou (uma nova proposta) e nem precisa apresentar. Se ela for inferior aos R$ 23,8 milhões, é perda de tempo, não precisa nem gastar tinta e papel. Esse é o numero para ele sair. Mas já dissemos, no último contato com o Adalberto (Baptista, diretor de futebol tricolor), que o Santos não tem interesse em vender o Ganso. Queremos continuar com o atleta", comentou.

Na primeira investida, o São Paulo se propôs a pagar R$ 10,7 milhões pelos 45% dos direitos econômicos de Paulo Henrique Ganso, presos ao Santos - o Grupo DIS é dono dos 55% restantes. Na última proposta, o São Paulo ofereceu R$ 12,6 milhões pela parte do Santos nos direitos do meia.

Vale lembrar que a polêmica aumentou quando Ganso foi hostilizado por parte da torcida, depois da derrota para o Bahia, no último dia 29, na Vila Belmiro. Enquanto deixava o gramado, o meio-campista foi alvo de uma "chuva de moedas". Mais tarde, ao buscar o seu automóvel no CT Rei Pelé, o jogador foi perseguido por torcedores e precisou de forte esquema de segurança para deixar o local. O muro do CT ainda foi pichado com frases pedindo a sua saída.

O imbróglio gerou até mesmo um mal estar com declarações do lateral esquerdo Léo defendendo o camisa 10. O experiente ala destacou que "jogadores que ganharam títulos e fizeram história pelo clube" mereciam reconhecimento. No dia seguinte, Léo se reuniu com a diretoria, pediu desculpas por sua atitude, mas garantiu que não havia nenhuma mentira no seu desabafo.

De camisa 10 ideal a meia contestado

Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.

A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.

A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.

A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.

No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.

Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino mais provável para Ganso se tornou o São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, e fez duas propostas (ambas recusadas pelo rival). O meia tem contrato com a equipe praiana até fevereiro de 2015.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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