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Santos promete "treino especial" a Monar; ex-diretor recorda exageros

29 mar 2012 - 10h45
(atualizado às 13h08)
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Klaus Richmond
Direto de Santos

O Santos já não vê mais Diego Monar como recuperável e assegura nunca ter dificultado possíveis propostas pelo zagueiro. O clube justifica o esquecimento ao jogador a tentativa de consolidar, após quase quatro meses em 2012, um grupo com outros atletas não utilizados sob contrato para "treinos especiais", em horários alternativos a exemplo do goleiro Fábio Costa.

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"Ele não está jogando, mas não dificultamos nenhuma situação. Não faria sentido", disse ao Terra o vice-presidente Odílio Rodrigues. "Estamos formando um grupo de jogadores que não são utilizados e a partir desta semana serão chamados. Ele (Diego Monar) é um atleta como outro qualquer, pagamos os seus salários e mantemos o contrato", completou.

Monar afirmou à reportagem que já teve empréstimos dificultados por altas pedidas de liberação. O principal foi para o Inter de Santa Maria-RS, quando alegou que o clube se recusou a pagar a taxa de transferência em torno de R$ 4 mil.

"Eles pediram o Diego emprestado, o Santos liberou pagando o salário integralmente. Cabe ao clube que solicita pagar a taxa de transferência. Eles não quiseram e ele não foi", explicou Odílio.

A versão sobre possíveis referências negativas foi confirmada por Adilson Durante Filho, antigo diretor da base e do time profissional até o fim de 2009. "Não podíamos mentir com relação a um atleta. Os clubes queriam saber se de fato ele tinha problemas extra-campo", afirmou o ex-dirigente.

Durante explicou que ainda tentou ajudar Monar em transferência para o Comercial no último ano, a pedido de Márcio Fernandes, então técnico do clube de Ribeirão Preto com quem trabalhou na base santista, e que cansou de aconselhar a jovem revelação com relação aos excessos.

"Tentamos de tudo. Acreditávamos nele. Apostamos alto, mas ele não quis ser ajudado. Eu mesmo sentava em uma mesa com ele e conversava, mas entrava por um ouvido e saía pelo outro. Ele já bateu o carro, chegava com cara de ressaca no treino. Se estragou", relatou.

O ex-dirigente ainda afirmou ter sido o responsável pela indicação do zagueiro para a Seleção Sub-18, mais especificamente para o então coordenador Branco. Ele alega que Monar nunca prejudicou ex-companheiros e que apresentava necessidade de noitadas até mesmo em excursões da base do Santos para a Europa.

O zagueiro se considera culpado pelos erros do passado e costuma destacar Paulo de Carvalho, subdiretor da base em 2010, como o dirigente que mais o ajudou. Carvalho diz que poucos entendiam a tentativa de reeeguer um jogador quase irrecuperável e que chegou a ser chamado de "pai" de Monar por pessoas do clube.

Diego Monar marca Neymar durante treino do time profissional do Santos, em 2010
Diego Monar marca Neymar durante treino do time profissional do Santos, em 2010
Foto: Ricardo Saibun/Santos FC / Divulgação
Fonte: K.R.C. DE MELO & CIA. LTDA - ME
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