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Pai de Neymar nega sonegações em CPI da Máfia do Futebol

18 mai 2016 - 10h43
(atualizado às 12h10)
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Durante esta terça-feira, o pai e empresário do jogador Neymar, Neymar da Silva Santos, foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol. O assunto mais discutido na sessão foi o de denúncias fiscais envolvendo o jogador. 

A audiência pediu explicações sobre os 190 milhões de reais pertencentes ao jogador que estão bloqueados pela Justiça brasileira por acusações de sonegação de impostos entre 2011 e 2013, quando ainda atuava pelo Santos.

Responsável pela gestão da carreira de seu filho através da NR Sports, Neymar garantiu que pagou todos os tributos corretamente e disse que houve falta de entendimento devido à mudança dos critérios de cobrança da Receita Federal. Segundo o empresário, uma multa foi cobrada pois a Receita creditou contas à pessoa física de Neymar que já tinham sido tributadas pela empresa (Pessoa Jurídica) que agencia o jogador.

Questionado sobre falsificação de contratos na transação Santos-Barcelona, o pai do craque brasileiro explicou a questão dos direitos de Neymar. “Quando começou, ele não poderia ter contrato de trabalho, não poderia ter empresa nem vínculo empregatício. O único modo que o Santos tinha era adquirir a imagem desse atleta. Então nós, pai e mãe, abrimos uma empresa para negociar o direito de imagem do garoto com o clube. E com a saída do Neymar, em 2013, nós recuperamos a imagem em 100%. O Barcelona possui 0% da sua imagem “, explicou.

A diferença de interpretação acontece pela falta de entendimento entre as mudanças entre direito de arena e direito de imagem. O direito de arena entra no contrato do jogador, para que sua imagem não seja usada sem autorização prévia, e é veiculado ao campo de futebol. O direito de imagem, por sua vez, é pessoal e de decisão do jogador, que pode não cedê-lo ao clube.

Além do empresário, a CPI deveria ouvir, também nesta terça, o novo presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, mas seu depoimento foi adiado sem nova data prevista. A audiência também demonstrou a intenção de realizar diligência nos Estados Unidos, isto é, poder deslocar seus juízes para o território onde estão presos o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e o empresário José Hawilla e, assim, ter o direito de julgá-los por seus envolvimentos nos esquemas de corrupção da Fifa.

Foto: Gonzalo Arroyo Moreno / Getty Images
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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