Parreira defende geração promissora e diz: Neymar é classe à parte
27 ago2012 - 10h19
(atualizado às 11h03)
Compartilhar
O ex-técnico da Seleção Brasileira Carlos Alberto Parreira é uma das sumidades mundiais quando o assunto tratado é analisar futebol, sobretudo a situação de compatriotas. Nesta segunda-feira, o treinador comentou sobre a atual geração do País ao site da Fifa, e destacou que a Seleção possui uma safra promissora e que Neymar é "uma classe à parte".
Depois de atuar como membro do grupo da Fifa de estudos técnicos para a Olimpíada de Londres, o ex-trenador concedeu entrevista ao site da entidade, onde debateu com muita sobriedade a atual situação do futebol brasileiro, duramente criticado após a medalha de prata em solo britânico.
Parreira foi cauteloso ao comentar o futuro da atual geração do futebol no País. "No Brasil existem talentos sempre emergentes e promissores. Em meus 40 anos de futebol eu já devo ter ouvido alguém dizer: 'ele vai ser o novo Pelé' dezenas de vezes e então eles ficam aquém. Isso é válido para gerações inteiras, você tem que se provar em campo", destacou o campeão da Copa do Mundo de 1994.
Apesar da prudência, o ex-técnico vê qualidades na geração que irá representar o Brasil no Mundial de 2014, quando o País será anfitrião do evento. "Esta geração é promissora e talentosa, mas só vamos ver o que eles podem realmente fazer quando 2014 chegar", ponderou.
Dentre os jogadores que fazem parte da atual safra brasileira, Parreira foi claro ao citar que o atacante Neymar é o mais promissor deles. "Ele é um dos jogadores mais talentosos que temos tido nos últimos anos. Ele é uma classe à parte", ressaltou o ex-comandante da Seleção.
Ainda durante a entrevista ao site da Fifa, Parreira comentou assuntos relativos à Copa do Mundo, principalmente a de 1994, quando se sagrou campeão e encerrou um jejum brasileiro que já durava 24 anos.
"A Copa do Mundo é o apogeu, o ponto mais alto da carreira de qualquer jogador ou treinador. Você poderia ter conseguido milhões de coisas positivas, cometemos erros, temos sucessos e fracassos, mas quando se ganha uma Copa do Mundo é o que será lembrado", enfatizou.
Treinador em nada menos que seis Copas, Carlos Alberto Parreira ainda comandou a Seleção Brasileira em 2006, mas sem o mesmo sucesso de 1994. Com um vasto currículo de títulos pelo Brasil, o ex-treinador reconhece que a atual geração pode ser de muito sucesso, mas os jogadores terão que provar nos gramados que as expectativas geradas condizem com a realidade.
Com convocação de Cássio, Mano Menezes soma 12 goleiros convocados em dois anos de Seleção Brasileira. O camisa 24 co Corinthians ganha a sua segunda chance na Seleção, sendo que a primeira foi em 2007, quando ainda jogava no Grêmio. Relembre todos que defenderam as traves do Brasil:
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Agora com quatro oportunidades de vestir a camisa da Seleção Brasileira principal na carreira, Diego Alves busca garantir uma das vagas na equipe, sendo que ainda foi reserva nos Jogos Olímpicos de 2008 e estava na pré-lista de Mano para Londres. O goleiro começou a chamar atenção jogando pelo Almería, da Espanha, em 2008. Contratado pelo Valencia em 2010, segue tendo boas atuações, mas não tem vaga de titular assegurada no clube, disputando a posição com Vicente Guaita
Foto: Getty Images
Convocado pela primeira vez pelo próprio Mano Menezes para a Seleção, Fábio, do Cruzeiro, perdeu espaço após ser cortado da partida contra a Argentina em setembro do ano passado. Com alguns momentos de irregularidade na carreira, sendo até criticado pela torcida mineira em certo ponto, o goleiro vive boa fase, aumentando a pressão para a volta ao grupo de Mano
Foto: Getty Images
Uma das promessas de renovação no gol Brasileiro, Gabriel, ex-Cruzeiro e atualmente no Milan, foi a grande surpresa de Mano durante um período de treinamentos em 2010; incorporado ao elenco da Seleção Olímpica após a lesão de Rafael, ele ganhou a posição de titular da equipe após a terceira partida brasileira no Reino Unido. Apesar disso, o jovem de 19 anos não foi chamado por Mano para os amistosos de setembro
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Reserva na Copa do Mundo de 2010, Gomes foi chamado apenas uma vez por Mano, em setembro de 2010 para um período de treinos, mas foi cortado por causa de uma lesão. Após seguidas falhas jogando pelo Tottenham, o goleiro hoje está com pouco espaço no clube e na Seleção
Foto: Getty Images
Um dos goleiros mais prestigiados por Mano, Jefferson, do Botafogo, ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Londres, mas volta ao grupo da Seleção para os amistosos de setembro, buscando agora se firmar como titular
Foto: Rafael Ribeiro/CBF / Divulgação
Titular absoluto com Dunga, Júlio César foi chamado sete vezes por Mano, inclusive para a Copa América, mas perdeu espaço ao acumular más atuações na Inter de Milão e ver goleiros mais jovens ganharem a confiança do treinador
Foto: Getty Images
Titular da Seleção Olímpica depois da lesão de Rafael, Neto, da Fiorentina, é convocado desde o ano passado, mas fracassou em seu principal teste, os Jogos de Londres. Com atuações insatisfatórias nas duas primeiras partidas da Olimpíada, o arqueiro perdeu a vaga de titular para Gabriel e não foi relacionado para os amistosos de setembro
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Favorito de Mano entre os jovens goleiros, o santista Rafael deveria ser o titular da Seleção em Londres, inclusive tendo grandes atuações nos amistosos preparatórios. Contudo, uma lesão no cotovelo direito afastou o goleiro da equipe durante a Olimpíada e dos próximos amistosos da Seleção
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Convocado para a Olimpíada após a lesão de Rafael, Renan, do Atlético-MG, ainda não jogou como titular pela Seleção, mas fez parte do elenco que disputou amistoso contra a Suécia no último dia 15; Reserva no clube mineiro, dificilmente o atleta terá chances nas próximas convocações
Foto: Getty Images
Convocado para a Seleção quando ainda jogava pelo Avaí, Renan Soares era uma das grandes promessas do futebol brasileiro, mas uma série de erros enquanto jogava pelo Corinthians prejudicou o jogador; emprestado para o Vitória, o arqueiro amargou a reserva, sendo posteriormente emprestado novamente, para o Estoril, de Portugal
Foto: Petra Mafalda/ Mafalda Press / Gazeta Press
Jogador de Mano quando ambos estavam no Grêmio, Victor, agora no Atlético-MG, apareceu ainda nas primeiras convocações do treinador no comando da Seleção, mas um período de baixa no clube gaúcho afastou o atleta da equipe