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Pelé vê déficit no estilo de Neymar: "Vasconcelos foi dez vezes melhor"

30 out 2015 - 20h32
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Tratado por muitos como o maior ídolo do Santos em sua história recente, Neymar ainda não pode se dizer amplamente prestigiado por Pelé. Segundo o Rei do Futebol, o craque do Barcelona está muito aquém do argentino Lionel Messi e nem pode ser alçado ao nível de segundo atleta mais importante do Peixe.

“O Neymar é um bom jogador, mas quantos gols de cabeça ele fez na vida?”, questionou o Rei do Futebol em entrevista à revista Placar, publicada em razão do seu aniversário de 75 anos. A deficiência no cabeceio ainda viria a ser apontada também como um problema de Messi. “Eu sempre falei nesses últimos 10 anos que ele é um dos que eu achava que eram superiores. Mas, por exemplo, de cabeça ele não tem isso”, completou Pelé.

Ao menos, o Atleta do Século reforçou a comparação do atual melhor jogador do mundo com Zico e Maradona. Curiosamente, porém, fez questão de não colocar Cristiano Ronaldo no mesmo nível do argentino. “Hoje, ele (Messi) é o melhor. Um tempo atrás tinha o Cristiano Ronaldo, que é igual ao Ronaldinho (Fenômeno). O Ronaldinho talvez fosse mais rápido do que ele, mas é o mesmo estilo de jogo. Do tipo do Messi, tinha o Maradona, tinha o Zico...”, ponderou.

Não mais postulante à presidência da Fifa, na eleição que deve ocorrer no dia 26 de fevereiro, o Galinho de Quintino também teve sua carreira analisada por Pelé. “O Zico, coitado. Coitado não, é maneira de falar. O Zico pegou um monte de jogador bom. No Brasil tinha um monte, na geração em que o Zico veio”, explicou. “E agora vem o Messi, que tem o mesmo estilo do Maradona. Então, ele tem sorte, porque não tem com quem comparar.”

De acordo com o ídolo do Santos e da Seleção Brasileira, o estilo de jogo apresentado por Neymar ainda é deficitário. “É um ótimo jogador? É sim, mas o (Válter) Vasconcelos foi dez vezes melhor que o Neymar, sem dúvida nenhuma. O Neymar é um atacante, joga para a frente. É específico. Ele não joga atrás, não arma, não sai jogando. É difícil você comparar tanto déficit hoje”, apontou, citando o meia-esquerda falecido em janeiro de 1983, seu contemporâneo nos tempos de Santos. “Para nós, é óbvio que o Neymar é nossa cria. Mas se for ver bem...”, concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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