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Pepe lança biografia e lamenta ausência de ponteiros no futebol

26 ago 2015 - 10h20
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Segundo artilheiro da história do Santos, José Macia, o Pepe, lançou sua biografia em São Paulo na noite desta terça-feira. Aos 80 anos, o ex-jogador coleciona histórias como atleta, treinador e pai de família – todas registradas pela filha Gisa Macia, autora do livro “Pepe, o Canhão da Vila”. Enquanto autografava exemplares, o ídolo do Peixe comparou a sua época no futebol com a atual fase vivida pelo esporte, lamentando a ausência da posição que o consagrou em campo.

“Eu acho que é importante – e vai acontecer um dia, tomara que em breve – a volta dos ponteiros. A gente vê que no futebol europeu as equipes continuam jogando com extremas e consequentemente com jogadas mais abertas. Hoje o jogo está mais afunilado, mais fechado, fica muito mais fácil a marcação. Eu acho necessária a volta dos ponteiros”, defendeu Pepe, que como ponta esquerda anotou 405 gols vestindo a camisa do Santos.

Ao falar do clube pelo qual fez história, atuando em 750 partidas, o ex-jogador não vê nenhum sucessor entre as atuais opções disponíveis no elenco alvinegro. “O futebol mudou muito e eu gostaria até que tivesse, mas eu não vejo um jogador com as minhas características – principalmente porque a maioria dos clubes está jogando sem ponteiros. O Santos tem bons jogadores, mas um jogador com a característica do Pepe, do Edu, que era muito parecido com o meu futebol, hoje em dia está difícil”, disse.

Atrás apenas de Pelé como maior artilheiro da história do clube, Pepe alega ter sido o maior “jogador humano” do Peixe, já que o companheiro seria “de outro planeta”. Além do histórico como atleta, fez carreira como treinador, passando por clubes como Inter de Limeira, São Paulo e Ponte Preta.

“Tenho muito orgulho do meu pai e acho bacana dividir com as pessoas não só a história dele como jogador e treinador, mas também a história de vida dele, que é muito bonita. As experiências que tivemos fora do país, a vida familiar, como ele é como pai, marido, como ele é em casa. Como as pessoas o conhecem mais pelos jornais e pela TV, foquei o livro nele. Entrevistei muita gente, personalidades, familiares... mas ele foi o foco principal. Ele tem uma memória incrível, lembra de detalhes. Foi um livro feito com carinho, de filha pra pai”, contou a jornalista Gisa Macia.

Campeão do mundo pelo Brasil em 1958 e 1962, Pepe foi autor de 22 gols com a camisa da seleção canarinho.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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