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Prefeitura assume deficitário Museu Pelé em meio a queda no orçamento

Na última quinta-feira, a Prefeitura de Santos assumiu definitivamente a gestão do Museu Pelé, já que o Santos Futebol Clube recuou do plano de ficar com a missão de administrar o equipamento depois da quebra de contrato com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) AMA Brasil. O ato gera preocupação pelo fato […]

17 mai 2016 - 07h06
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Na última quinta-feira, a Prefeitura de Santos assumiu definitivamente a gestão do Museu Pelé, já que o Santos Futebol Clube recuou do plano de ficar com a missão de administrar o equipamento depois da quebra de contrato com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) AMA Brasil. O ato gera preocupação pelo fato do espaço ser deficitário desde sua inauguração e a Secretaria de Turismo (Setur) ter o orçamento cortado quase que pela metade em relação a 2015.

Em março, o vereador Marcelo Del Bosco Amaral (PPS) aprovou um requerimento na Câmara da cidade para levantar questionamentos da ação do Executivo e teve como resposta oficial apenas que os “gastos estavam sendo levantados” e que “o Museu está sendo mantido em pleno funcionamento com recursos da própria Prefeitura e das bilheterias”.

“Na próxima sessão da Câmara irei protocolar novo requerimento à Prefeitura de Santos. Quero saber quanto foi arrecadado em bilheteria desde que o Museu Pelé passou a ser gerenciado pela Prefeitura, quantos pessoas visitaram o equipamento após ele ser municipalizado, quanto e para que a Prefeitura destinou verbas até o momento para o Museu e quanto irá colocar, mensalmente, já que ficou evidenciado que o espaço, infelizmente, vem dado prejuízo aos cofres”, explicou Del Bosco à Gazeta Esportiva.

Neste ano, a Setur tem um orçamento previsto de R$ 8.973.000,00. A verba é pouco mais da metade em relação ao que foi destinado à secretaria ano passado, R$ 17.020.000,00, e ainda inferior a 2014 e 2013, R$ 25.989.000,00 e R$ 16.210.000,00, respectivamente. Para piorar, a previsão orçamentária para o pasta cairá novamente ano que vem: R$ 8.486.000,00

“A minha preocupação é que, em 2016, a pasta de Turismo tem o menor orçamento dos últimos anos e em 2017 sofrerá nova redução. A secretaria responde também por outros equipamentos. Vejo essa questão com preocupação, em um ano de crise, podemos estar trazendo um gasto maior para os cofres públicos, quando se tem a necessidade de contenção de despesas”, completou Del Bosco.

Durante o evento que também formalizou uma parceria com o Santos Futebol Clube para fomentar o marketing do Museu Pelé, na semana passada, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) assumiu que o equipamento é deficitário, mas disse não pensar em “lucros” e garantiu que as dívidas contraídas ficarão sob responsabilidade da AMA Brasil, gestora do Museu até que a Prefeitura tomasse o controle.

Ciente das incertezas que cercam o Museu Pelé, Modesto Roma Júnior, presidente do clube pelo qual brilhou o maior jogador de todos os tempos, deixou claro durante as festividades da última quinta os reais motivos para o Peixe ter recuado na ideia de assumir o espaço, que está localizado no centro de Santos, próximo ao Cais.

“Chegou-se à conclusão que o modelo ideal é esse, de parceiro, sem necessidade de assumir alguns ônus que não nos interessa. O Santos tem pepinos suficientes. Não precisa importar”, disse o mandatário na ocasião.

O Museu Pelé custou R$ 50 milhões dos governos Federal, Estadual em conjunto com a iniciativa privada. Inaugurado em 15 de junho de 2014, ele já apresentava um prejuízo mensal de R$ 70 mil por mês no primeiro ano de funcionamento.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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