Pressionado, Luis Alvaro alega fisioterapia e evita clássico na Vila
O presidente do Santos, Luis Alvaro Ribeiro, não comparecerá à Vila Belmiro para o clássico de logo mais contra o Corinthians, às 21h50 (de Brasília), pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. A assessoria do clube alega que o mandatário ficou até o fim da noite em sessão de fisioterapia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e que ainda tem reunião marcada já para a manhã de quinta, também na capital paulista.
Ao lado do vice-presidente Odílio Rodrigues, Luis Alvaro foi alvo de protestos que pedem por meio de faixas as destituições de ambos de seus cargos. Odílio está licenciado por tempo indeterminado devido a uma lesão ocasionada por um tombo que teria sofrido.
Entre as exigências, os torcedores pedem "eleições já" - pelo estatuto as do clube acontecerão somente em dezembro de 2014 - e esperam por ajuda para "reconstruir o Santos".
Conselheiros do clube já colhem assinaturas e entregarão nesta sexta um abaixo-assinado para a convocação de uma assembléia extraordinária para que seja votado o impeachment do mandatário santista.
O clube anunciou nesta terça a demissão do gerente de futebol Nei Pandolfo, que será substituído pelo ex-meia Zinho na função. Além do cartola, a saída de dois membros do Comitê Gestor, Pedro Luiz Conceição e Caio de Stéfano.
A pressão diante de membros do Comitê Gestor ganhou desdobramentos após a histórica goleada por 8 a 0 sofrida para o Barcelona, da Espanha, na última sexta. Após o revés, um grupo de torcedores protestou na frente do hotel santista. Depois, os muros da Vila Belmiro foram pichados com críticas direcionadas ao presidente Luis Álvaro e a membros do Comitê. O estopim foi a depredação do escritório do advogado Luciano Moita, um dos sete integrantes, além de novo protesto em frente a um dos portões da Vila Belmiro na noite de terça.
Desde a saída de Neymar, o Santos já anunciou uma série de demissões, a começar com a saída do estafe do próprio atleta, encabeçado por Eduardo Musa, além de dois advogados, do superintendente de futebol Felipe Faro e o superintendente administrativo Henrique Schlithler, acusado de ser corintiano por grande parte da torcida.