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Rollo já descarta Enderson e quer volta da Vila alçapão

28 nov 2014 - 10h38
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Orlando Rollo, candidato da chapa Pense Novo Santos
Orlando Rollo, candidato da chapa Pense Novo Santos
Foto: Divulgação Facebook oficial da Pense Novo Santos

Orlando Rollo se defende constantemente do argumento da inexperiência para dirigir o Santos. Aos 36 anos, o candidato mais novo e polêmico à presidência do pleito mais disputado da história não se intimida, alega ter quase os mesmos anos de dedicação ao clube dos rivais. Ex-membro influente da principal torcida organizada santista e ex-vice-presidente regional da Federação Paulista de Futebol, foi o cabeça da denúncia dos "sócios fantasmas" e agora espera pela chance para transformar de vez a política interna do clube.

Após Nabil Khaznadar, José Carlos Peres, Fernando Silva e Modesto Roma, o Terra encerra nesta sexta-feira a série de entrevistas com os cinco candidatos à presidência do Santos, que responderam aos mesmos 15 questionamentos propostos pela reportagem.

Entre os seus principais planos, o candidato da Pense Novo Santos, terceira chapa a ser registrada, promete o fim do Comitê Gestor do qual sempre foi crítico. Rollo ainda quer a Vila nos moldes das novas arenas, mas com a volta do formato alçapão, pondo fim a elitização com os camarotes térreos. O candidato ainda deixa claro que não manterá o técnico Enderson Moreira, deseja um marketing com metas e diz já ter conversas com empresas para o sonhado patrocínios master.

Veja, na íntegra, a entrevista exclusiva com o candidato Orlando Rollo:

Terra - Por que deseja ser presidente do clube e quais são seus projetos a curto prazo?

Orlando Rollo -O Santos está passando por um de seus piores momentos na história e só alguém com experiência e identidade com o clube pode tirá-lo dessa grave crise administrativa. Minha experiência de seis mandatos como conselheiro do clube e como um dos vice-presidentes da Federação Paulista de Futebol e minha profunda identidade com o Santos me qualificam para essa função.

Terra - O Santos vive uma série crise financeira que resultou em atrasos salariais em 2014. Há um plano emergencial caso vença a eleição?

Orlando Rollo - Claro, um plano emergencial se faz mais que necessário. Essa crise financeira é reflexo de décadas de má administração, é preciso equalizar as dívidas e equilibrar o balanço financeiro do clube. O pagamento dos salários é prioridade..

Terra - Acredita que, em um primeiro momento, precisará apelar para empréstimos bancários ou vender jogadores para fazer caixa e amenizar os quase R$ 400 milhões em dívidas?

Orlando Rollo - É preciso uma análise profunda das contas do clube e das possibilidades existentes. Pretendemos trazer um patrocinador máster para o clube, fazer novas parcerias, criar novas fontes de renda, não vamos falar em empréstimos ou venda de jogadores neste momento.

Terra - Sobre o Damião, ele foi comprado pela Doyen Sports. O que achou do negócio e o que pensa em fazer sobre? A relação com a Doyen será mantida para outros investimentos?

Orlando Rollo - Foi um dos piores negócios já feitos pelo clube. Foi muito bom para o atleta, para a Doyen mas não para o clube. Não pretendemos mais fazer esse tipo de negócios, temos que privilegiar os interesses do Santo, não odde terceiros.

Terra - O senhor é a favor do Comitê de Gestão? Pensa em uma possível nova reformulação estatutária para acabar com o formato? Quem serão os sete integrantes do Comitê?

Orlando Rollo - Nunca fui a favor do Comitê de Gestão, esse modelo de gestão não cabe ao futebol. É um modelo letárgico, não pode ser utilizado a um meio que exige decisões imediatas. Pretendemos uma reforma estatutária, de acordo com os trâmites regulares necessários, para que se acabe com o Comitê. Não há que se falar nos integrantes do comitê neste momento, principalmente por vermos um Comitê transitório, atuante apenas até que se mude o estatuto e ele se encerre.

Terra - Como vê a relação entre o clube e a CBF, o que pensa? Pretende modificar algo? Incumbir alguém para se aproximar da entidade?

Orlando Rollo - É preciso que o clube consiga defender seus interesses diante da CBF e para isso precisamos de profissionais qualificados que façam esse trabalho de relação institucional. O Santos Futebol Clube não pode ter seus interesses subjugados pela entidade, como vem acontecendo, precisa haver um termo entre a CBF e o clube..

Terra - Sobre a Vila Belmiro, quais são seus projetos para o estádio? Pensa na reforma para ampliação? Reestrutução completa em formato das novas arenas?

Orlando Rollo - Sim, queremos a ampliação e modernização do Estádio Urbano Caldeira, nos moldes das novas arenas, com uma utilização mais racional e sustentável do estádio. O Santos não pode mais ficar para trás neste quesito. Queremos também que a Vila volte a ser o alçapão que tanto intimidava nossos adversários..

Terra - Com o senhor, o Santos seguirá mandando jogos em São Paulo? Qual o projeto sobre o Pacaembu?

Orlando Rollo - A casa do Santos é a Vila Belmiro, nossos mandos de jogo são primordialmente na Vila, porém, mandaremos alguns jogos estratégicos em outras praças, na cidade de São Paulo nossa preferência é pelo Pacaembu. Temos uma grande torcida em Sâo Paulo e região metropolitana, iremos prestigiá-la.

Terra - Pensa em fazer muitas mudanças no elenco, comissão técnica e com relação aos dirigentes? Zinho, André Zanotta e Sandro Orlandelli ficam? E pretende manter o técnico Enderson Moreira?

Orlando Rollo- Faremos mudanças, a equipe é reflexo da má gestão do futebol. Nosso foco é numa equipe campeã e já vimos que não está dando certo. Tenho todo respeito ao profissional Enderson Moreira, mas não acredito que ele seja a melhor opção para o Santos FC, já temos alguns nomes em vista para a função.

Terra - O Santos teve um rápido crescimento em seu quadro associativo nos últimos, mas estagnou. O que pretende mudar ou acrescentar no programa Sócio Rei?

Orlando Rollo - Pretendemos mudar completamente o programa, queremos que o controle da base de sócios volte a ser do clube, e acreditamos no respeito aos sócios, o que não se vê neste programa. A dificuldade para a aquisição dos ingressos é enorme, o sócio está se sentindo desprestigiado..

Terra - Como tem visto as terceirizações de alguns departamentos pelo clube? Pretende acabar com isso?

Orlando Rollo - Sou absolutamente contra essa terceirização em massa que acontece no clube, setores estratégicos não podem ficar na mão de terceiros que não tenham identificação com o clube. Teremos profissionais de mercado, mas não terceirização de setores.

Terra - Pensa em retomar modalidades como o futsal e o futebol feminino, extintos na atual gestão? O que pode falar sobre os projetos?

Orlando Rollo - Claro, não só o futsal e o futebol feminino como também as modalidades olpimpicas. Nosso projeto prevê que estas modalidades sejam autossustentáveis, com escolinhas e parcerias com o setor privado, por meio de legislação específica de incentivo.

Terra - A que atribui a falta de um patrocínio master há quase dois anos? O que pretende fazer e melhorar no marketing para conseguir um acordo?

Orlando Rollo - A uma má gestão do marketing, sem atenção ao relacionamento com o patrocinador. Pretendemos retomar e reformular o departamento de marketing do clube, trabalhando com metas claras, profissionais qualificados e um plano de carreira. Já estamos em conversação com empresas interessadas no patrocínio máster do Santos, vamos primar por um marketing moderno, em que o relacionamento com os parceiros comerciais seja trabalhado da melhor maneira para os dois.

Terra - Acredita que conseguirá manter o Robinho para 2015? Planeja o que para fazer isso? Trará outros jogadores de nome para a temporada?

Orlando Rollo -Pretendemos ter uma equipe competitiva e vencedora, iremos buscar títulos, e para isso iremos mesclar jovens jogadores da base com jogadores com passagem por seleções nacionais, seja a brasileira ou outra seleção tradicional, como o Robinho, acreditamos que essa convivência é benéfica para os jovens talentos, faz com que desenvolvam todo seu potencial..

Terra - Quais são suas propostas para as categorias de base? O que precisa mudar?

Orlando Rollo - O Santos FC sempre revelou talentos, temos a melhor base do País, mas precisamos melhorar a estrutura para receber esses meninos. Iremos investir na reestruturação do CT Meninos da Vila, iremos retomar as peneiras presenciais, não só em Santos como em outras regiões do país. Iremos investir na educação desses jovens, ensinando-os a lidar com o mundo dos negócios, para que possam gerir suas carreiras.

Fonte: K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME
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