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Saiba como a polícia do RS convenceu Aranha a prestar queixa

6 set 2014 - 08h30
(atualizado às 08h32)
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Apesar de ter chamado a atenção para os gestos e gritos de injúria racial vindos da torcida do Grêmio na noite de 28 de agosto em Porto Alegre o goleiro santista Aranha deixou o campo propagando o que tinha acontecido, mas ao mesmo tempo, disse que não iria prestar queixa. Horas se passaram, o caso tomou proporções gigantescas com a imagem de Patrícia Moreira Silva exibida à exaustão, o que fez com que a polícia usasse de muito diálogo para convencer o atleta a registrar o que tinha acontecido para possibilitar uma investigação.

Após ver um caso como esses crescer no seu quintal, o delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia, Herbert Ferreira, cuja área de atuação abrange a Arena, determinou que Aranha fosse procurado.

Logo pela manhã, a estratégia dos policiais era de não serem reconhecidos pela imprensa que dava plantão no hotel onde estava concentrado o Santos. Sem chamar muita atenção chegaram em uma viatura descaracterizada, mas logo ouviram dos jornalistas que alia estavam: “vocês são da polícia?”. Sem pestanejar responderam, “não viemos aqui para...”, inventando uma desculpa qualquer para despistar quem estava por lá e manter o disfarce.

Alguns acharam que se tratavam até de empresários de jogadores. Só que nos dias seguintes de depoimentos, os mesmos jornalistas reconheceram os policiais que haviam procurado Aranha no hotel.

Além do delegado Herbert, também conversou com Aranha o comissário de polícia supervisor de investigações Lindomar Souza, que virou praticamente o porta-voz na delegacia, uma vez que o delegado não é muito fã de falar com a imprensa.

Advogado de gremista diz que termo "macaco" não é racista:

Na conversa que tiveram com o goleiro, os policiais falaram da importância de registrar o que tinha acontecido por conta da proporção que as coisas tinham tomado. “E ai ele resolveu falar, mas primeiro consultou a direção e o departamento jurídico do Santos, e também estava cauteloso em relação a alguma agressividade (de torcedores), mas foi dada toda a garantia da segurança dele”, conta Souza.

Aranha preferiu não pegar carona na viatura e se deslocou por meios próprios à delegacia, a seis quilômetros dali, em um carro de uma empresa que presta serviços de transporte ao Santos, e registrou o que tinha acontecido.

A atitude de Aranha, então, deu início à investigação policial. Com base nas imagens de TV e das câmeras internas da Arena do Grêmio, a polícia já intimou 10 pessoas que foram ouvidas, e vai reinquirir um dos torcedores na segunda-feira. Entretanto após uma semana de investigação, já existem elementos suficientes para indiciar torcedores identificados nas imagens, apesar do delegado regional, Cleber Ferreira, admitir que alguns podem sair impunes.

Gremista chora, nega ser racista e pede desculpas a Aranha:
Fonte: Terra
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