Santos vê entraves e desiste de vender jogo de despedida
A diretoria do Santos viu frustrada a tentativa de vender o mando de campo da partida contra o Botafogo, no próximo dia 30, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. A ideia era levar o último jogo como mandante na temporada para São José dos Campos, no interior de São Paulo, mas a falta de prazo para a mudança e a capacidade do estádio impediram o acordo.
Segundo o regulamento da competição, qualquer alteração de mando precisa ser solicitada com, pelo menos, dez dias de antecedência. O prazo estourou na quinta, em meio a indefinição.
O Estádio Municipal Martins Pereira, por sua vez, também não possui capacidade mínima de 15 mil lugares exigida. O local passou por recentes reformas, após gastos de mais de R$ 18 milhões, mas pode receber só até 12 mil pessoas.
São José dos Campos foi o local da intertemporada do Santos em meio à Copa do Mundo. Na ocasião, o clube fez um acordo com a prefeitura local, onde ficou de 18 a 26 de junho, ainda sob o comando do técnico Oswaldo de Oliveira.
A diretoria santista segue enfrentando muitas dificuldades para arcar com a folha salarial, que ainda não teve os atrasados quitados. Recentemente, anunciou o acordo com a Huawei, empresa chinesa que trabalha no ramo de tecnologia da informação e comunicação, para o espaço master da camisa, principal fonte de receita no uniforme, vago oficialmente desde janeiro de 2013.
Além disso, confirmou a venda do mando do clássico contra o São Paulo, em 23 de novembro, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, para a Arena Pantanal, e vendeu parte dos direitos econômicos do volante Alison ao Banco BMG.
Nos bastidores, o Santos vive um intenso processo político. Em dezembro terá, provavelmente, a eleição mais acirrada e polêmica dos últimos anos, que já contou com acusações de falsificação de carteirinhas com nomes fantasmas, veto para a votação à distância e constantes desdobramentos sobre a venda de Neymar ao Barcelona, em 2013.