O Santos não desanimou diante de recente negativa do Milan na tentativa de contratar Robinho para o próximo ano. O clube garante manter conversações com os italianos para a liberação do jogador e promete "esforço" financeiro para repatriar o ídolo. A proposta rejeitada de 5 milhões de euros (cerca de R$ 13,8 milhões) deve ser aumentada nos próximos dias.
"O Robinho é um desejo de todo o santista, não só da torcida. A diferença é que além de torcedores nós somos dirigentes. Mantemos conversações dentro de uma possibilidade que o Santos pode suportar. Só precisamos lembrar que é difícil, pois envolve cifras elevadas. Nós sabemos do desejo da torcida trabalhamos para realizar o sonho, mas existe uma distância entre o sonho e a realidade a percorrer. Matemos as negociações. Não falamos de valores, mas tem o esforço do Santos para tentar realizar esse sonho", afirmou Odílio Rodrigues, vice-presidente santista.
Na busca por Robinho, o Santos encontra resistência do Milan, que só aceita liberá-lo por 10 milhões de euros (cerca de R$ 27,6 milhões), verba superior a arrecadada com a venda do meia Paulo Henrique Ganso ao São Paulo, em setembro.
O retorno do atacante é visto como prioritário pelos dirigentes, que, pressionados, esperam dar uma resposta aos torcedores e ao técnico Muricy Ramalho, que reclamam da falta de importantes contratações para a próxima temporada. Uma série de protestos e cobranças aumentam a necessidade da contratação.
No último jogo do ano, contra o Palmeiras, uma das organizadas exigiu a contratação do jogador "custe o que custar". Neymar também já fez lobby favorável pelo acerto com o ídolo.
Robinho já avisou que o Milan dificilmente irá vendê-lo e que não entrará em litígio para forçar a sua saída, discurso semelhante ao de seu pai, Gilvan. Silvio Berlusconi, presidente do clube italiano, afirmou que o jogador "sente saudades" do País, mas descartou facilitar a liberação. O Santos, até então, só acertou com o zagueiro Neto, do Guarani.
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A briga desta quarta-feira na partida entre São Paulo e Tigre-ARG, que encerrou o jogo no intervalo e deu o título da Copa Sul-Americana de 2012 à equipe paulista, escreveu mais uma página na longa lista de confusões entre os clubes do Brasil e dos outros países latinos em competições sul-americanas. Relembre algumas das mais lamentáveis cenas de pancadaria dos brasileiros nos últimos anos:
Foto: Bruno Santos / Terra
São Paulo x River Plate (ARG), Copa Sul-Americana 2003 Em jogo no Estádio do Morumbi, o São Paulo conseguiu reverter a desvantagem do jogo de ida (derrota por 3 a 1) e venceu por 2 a 0, caindo nos pênaltis. No entanto, no decorrer do jogo, o zagueiro Ameli (River Plate) se envolveu em duas confusões - primeiro com Diego Tardelli, após o primeiro gol, e com Rico, nos acréscimos. Na confusão, Rico, Jean, Luis Fabiano (São Paulo), Ameli, Pereyra e Barrado (River Plate) foram expulso.
Foto: Marcelo Ferrelli / Gazeta Press
América (MEX) x São Caetano, Copa Libertadores 2004 No fim do jogo, o time paulista comemorava o empate por 1 a 1 no Estádio Azteca, que garantia a vaga nas quartas de final do torneio. A festa azul esquentou os donos da casa, e logo uma briga generalizada começou à beira do gramado. Irritada, a torcida começou a atirar objetos no gramado - inclusive um carrinho de mão - e a invadir o campo. O time paulista acabou classificado, enquanto os mexicanos viram sete torcedores presos.
Foto: AFP
Palmeiras x Cerro Porteño (PAR), Copa Libertadores 2006 Em jogo pela sexta rodada do Grupo G da competição, Palmeiras e Cerro Porteño se enfrentaram em São Paulo. No fim do primeiro tempo, Washington (Palmeiras) e Baéz (Cerro Porteño) iniciaram uma discussão, que logo envolveu os jogadores dos dois times. O zagueiro Douglas se envolveu na confusão, e foi expulso com Baéz pelo árbitro boliviano René Ortubé. No fim, derrota do Palmeiras (já classificado) por 3 a 2.
Foto: Fernando Pilatos / Gazeta Press
Fluminense x Cerro Porteño (PAR), Copa Sul-Americana 2009 Derrotado pelo Fluminense no Estádio do Maracanã por 2 a 1, o Cerro Porteño se irritou com a eliminação nas semifinais da Copa Sul-Americana - o time havia perdido também em casa por 1 a 0. Os jogadores começaram uma briga dentro de campo, e só foram para o vestiário após intervenção dos policiais. Classificado, o Fluminense perdeu o título para a LDU de Quito.
Foto: Fernando Soutello/Agif / Gazeta Press
Estudiantes (ARG) x Internacional, Copa Libertadores 2010 O Inter conseguiu a classificação às semifinais da Libertadores, graças a um gol de Giuliano aos 43min do segundo tempo - o time perdeu por 2 a 1, mas havia vencido por 1 a 0 em Porto Alegre e se beneficiou do gol fora de casa. Batido no Estádio Centenário de Quilmes, o time argentino iniciou uma briga após o jogo: Desábato (Estudiantes) e Abbondanzieri (Inter) trocaram ofensas, e logo mais jogadores se envolveram.
Foto: Getty Images
Argentinos Jrs. (ARG) x Fluminense, Copa Libertadores 2011 Na última rodada do Grupo C da Copa Libertadores de 2010, América (MEX), Nacional (URU), Argentinos Jrs. (ARG) e Fluminense disputavam as vagas para a próxima fase. O time carioca foi a Buenos Aires e venceu o Argentinos Juniors por 4 a 2. Eliminada em casa, a equipe local partiu para cima dos cariocas após o jogo, enquanto objetos eram atirados das arquibancadas. O Flu precisou de escolta para deixar o gramado.
Foto: Getty Images
Santos x Peñarol (URU), Copa Libertadores 2011 Ao vencer a final da Libertadores por 2 a 1 no Estádio do Pacaembu, o Santos se envolveu em uma briga com o Peñarol, iniciada após a invasão de um torcedor que desagradou aos uruguaios. Policiais tentaram apaziguar a situação, mas os dois times voltaram a se encontrar na entrada dos vestiários. Mesmo assim, o Santos pôde comemorar normalmente a conquista do torneio.