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Santos nega demissão por base e diz que Enderson quis sair

5 mar 2015 - 17h41
(atualizado às 20h00)
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Modesto Roma explica saída de Enderson Moreira
Modesto Roma explica saída de Enderson Moreira
Foto: Marcelo D'Sants / FramePhoto

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, amenizou os desdobramentos em torno da saída do técnico Enderson Moreira, oficializada nesta quinta-feira. O mandatário pediu, inclusive, para não atrelar o seu desligamento do clube a uma "queda de braço" com a atual safra de Meninos da Vila, disse que não pesou a insatisfação dos jogadores, alegando não haver "chororô e mimimi" no elenco, e ainda esclareceu que foi o próprio técnico que estava insatisfeito e fez um acordo para sair.

"Não teve nada com relação a garotos. Por favor, não deem essa conotação porque ela não é verdadeira. As questões com atletas do Santos são tratadas internamente, mas nós não privilegiamos a posição de treinador, nem dos jogadores da base. Aliás, nem de ninguém do elenco, preferimos ter uma situação justa para todos os componentes do grupo. Não dá para encararmos a coisa como uma vitória de uma queda de braço", explicou.

"Por sinal, não ouvimos nenhum chororô ou mimimi de ninguém, o plantel do Santos é maduro e eles não reclamaram conosco do Enderson, assim como o mesmo não fez, Não foi nada encomendado", completou.

Modesto disse, inclusive, que o treinador chegou à sala para a entrevista coletiva já sabendo de sua saída, mas, por um acordo de cavalheiros, não tocou no assunto. Por meio de sua assessoria, Enderson afirma ter sido demitido. Já o Santos assegura que o técnico pode ter entendido a situação de forma errada.

Santos nega "xororô" e "mimimi" de elenco contra Enderson:

"Já (sabia da saída). Já tínhamos conversado, nos reunimos umas 11h. Fui ao CT para conversar com ele, pois gosto de falar com as pessoas, encarar os problemas de frente e achei que em algumas coisas ele estava se abrindo demais com vocês. Era algo que ele só deveria fazer internamente. Disse que vocês são muito sedutores, mas expliquei que deveria falar as coisas mais internamente do que externamente e, para minha surpresa, ele disse que não estava satisfeito. Ele falou sobre contratações, dos direitos de imagem atrasados e algumas outras coisas que não o agradavam. Falei, então, que entendia que poderíamos discuti-las, mas ele confirmou a insatisfação e disse que não poderíamos continuar. Foi isso", resumiu o dirigente.

Durante os quase seis meses na Vila Belmiro, o treinador sempre pediu por paciência com relação à série de salários atrasados do clube, alegando se tratar de uma nova infeliz realidade do futebol brasileiro. Além disso, alegou que os jogadores e comissão técnica seriam "parceiros" da diretoria, aceitando os mandos longe da Vila Belmiro.

<p>Técnico diz que foi demitido, mas Santos afirma que treinador se demitiu</p>
Técnico diz que foi demitido, mas Santos afirma que treinador se demitiu
Foto: Cristiane Mattos / Futura Press

Enderson criticou publicamente a supervalorização das jovens revelações do clube, citando sofrerem de uma espécie de estrelismo. As declarações foram rebatidas. Em recente entrevista à Rádio Bandeirantes, o treinador não poupou os novos Meninos dizendo, sem citar nomes, que alguns atletas "se acham mais do que são", mas que "não conquistaram nada", "não são referências" e que ainda precisam caminhar muito para solidificarem suas carreiras.

Durante o treinamento desta quinta, o treinador exagerou nas broncas com o elenco, a principal delas com o zagueiro Gustavo Henrique, um dos barrados, que já havia respondido às suas críticas sobre a base.

Enderson chegou em setembro do último ano sob expectativa de, primeiramente, recuperar o centroavante Leandro Damião, maior contratação da história do clube, e pelo principal cartaz de seus trabalhos: a utilização das categorias de base.

O treinador ganhava R$ 200 mil por mês no time da Vila Belmiro e tinha contrato até o fim da atual temporada. A multa rescisória gira em torno de R$ 400 mil. No tempo em que ocupou o cargo, ele somou 30 partidas, com 16 vitórias, cinco empates e nove derrotas. Enquanto um substituto não é definido, o Santos vai ser dirigido interinamente por Marcelo Fernandes, ex-zagueiro do clube e auxiliar desde 2013, que terá como auxiliar o ex-atacante Serginho Chulapa.

Fonte: K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME
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