Santos paga parte de atrasados e corre para quitar restante
A diretoria do Santos conseguiu amenizar mais um pouco a dívida salarial que levou o clube ser denunciado no último mês pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp) junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), correndo riscos de perder pontos no Campeonato Brasileiro.
O clube pagou na noite desta quarta-feira os salários registrados em carteira referentes a junho, pendentes desde o último dia 7. A dívida, no entanto, ainda não acabou e conta com direitos de imagem em aberto, a maior fatia dos ganhos dos atletas.
“Pagamos ontem à noite (quarta-feira) os salários. Hoje temos a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) rigorosamente em dia”, disse o presidente Modesto Roma Júnior, ao Terra.
Agora, o clube corre para pagar os salários que vencem na sexta-feira. Para isso, acertou para a partida contra o Coritiba a renovação de três dos seis patrocínios pontuais presentes em sua camisa no empate por 2 a 2 com o Flamengo , no último domingo.
O Santos já pagou uma parte dos direitos de imagem e não confirma se a dívida ultrapassa um mês, como divulgado pelo próprio mandatário.
Internamente, há uma reformulação em seu departamento de marketing e a possibilidade de até terceirizá-lo. O antigo gerente do clube, Paulo Verardi, pediu demissão na última sexta-feira após apenas quatro meses no cargo. Verardi era pressionado, principalmente, pela ausência de um patrocínio fixo para o espaço master camisa, vago desde 2013.
“Essa questão é delicada, pois o planejamento das empresas nos dificulta. Sabemos que o planejamento é feito de um ano para o outro, conseguir um acordo master agora, no meio da temporada, nos faz pegar o que sobra. Agora é esperar para o ano que vem”, explicou Modesto.
Contra o Flamengo, jogo considerado importante por ter sido transmitido em TV aberta, o clube fechou seis patrocínios pontuais, mas faturou menos de R$ 500 mil pelos acordos.
Na última semana, a diretoria recebeu uma verba de R$ 1,8 milhão, ainda proveniente do contrato de venda do meia Felipe Anderson a Lazio, em 2013. O valor corresponde a uma das metas atingidas pelo brasileiro no clube italiano, mas precisará ser divido de forma igualitária com a Doyen Sports, que detinha parte de seus direitos econômicos.