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Sem Dracena, Santos passa a ter três capitães para dialogar

30 jan 2015 - 11h11
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A pré-temporada santista chega ao fim após bastante movimentação e polêmicas. E um dos assuntos que mais chamaram a atenção foi a saída do zagueiro e capitão Edu Dracena para o arquirrival Corinthians. Portador da braçadeira desde 2009, Dracena sempre foi uma referência de liderança dentro e fora de campo, tanto nos momentos complicados quanto nas situações festivas.

Porém, a saída do experiente jogador fez com que Enderson Moreira inovasse, dividindo a tarefa de capitanear o grupo.

"Tivemos uma conversa até muito interessante, tenho um pensamento sobre equipe que, para mim, sempre funcionou bem. A equipe do Santos passa a ter hoje três capitães, que vão caminhar com a equipe: David Braz, Renato e Robinho", revelou o treinador, antes de explicar a inclusão do zagueiro, longe de ser uma unanimidade entre os torcedores. "O Braz faz parte, é um jogador referência dentro do nosso elenco. Isso não garante titularidade, foi falado de maneira clara. Eles querem assumir essa responsabilidade, ficaram muito entusiasmados com esse objetivo. Quero fazer com que cresçam muito", disse.

Durante a apresentação do elenco, logo no início de janeiro, Enderson Moreira chegou a admitir que o clima e o convívio do grupo entre si e perante a diretoria que comandava o clube até o ano passado era bastante pesado e complicado, devido aos atrasos salariais e a falta de diálogo. Na época, o ex-capitão Edu Dracena chegou a cobrar uma satisfação do presidente Odílio Rodrigues e reclamou, assim como outros jogadores, de seu "sumiço" nos últimos meses de mandato. Irritado, Odílio negou o "sumiço" em entrevista exclusiva à GazetaEsportiva.net, mas não apareceu nem mesmo para se despedir do time ou dar alguma satisfação, e o Peixe virou o ano devendo três meses de salários aos jogadores, 13º e FGTS.

Com a mudança de gestores, essa relação entre atletas, presidente e diretores mudou, melhorou e se tornou mais próxima. Agora, Enderson quer aproveitar o momento para fortalecer o grupo de jogadores para possíveis adversidades e situações que exijam algum posicionamento.

"Claro que outros podem adquirir esse processo de liderança ainda no grupo, temos três, daqui a pouco cinco. O importante é termos mais líderes, de falar com a direção, não só com os atletas. Ajuda muito, dá mais embasamento e consistência para o que vem pela frente", explicou o técnico.

Enderson sabe que vai precisar de um time unido e comprometido para compensar a falta de entrosamento e de uma preparação ideal, pelo menos neste início de temporada.

"Eu confio muito na equipe que tenho, nos atletas que estão aqui, podemos ter, em um primeiro momento, algumas dificuldades. Não conseguimos conceber a equipe antes do início da temporada, ainda perdemos jogadores que contávamos esse ano", lembrou, porém, resgatando sempre o lado otimista do momento. "Quero ter uma equipe competitiva, que joga bem, dar espaço a alguns atletas que estavam no grupo e descobrir peças importantíssimas para a sequência. Tenho muita confiança no que pode acontecer", cravou o técnico.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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