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Torcedores do Santos presos no Paraguai se defendem de acusações

7 jun 2011 - 09h50
(atualizado às 11h00)
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Os torcedores do Santos presos no Paraguai, devido a incidentes ocorridos após o jogo em que o time da Vila Belmiro eliminou o Cerro Porteño, na última quarta-feira, no Estádio Olla Azulgrana, divulgaram um vídeo nesta segunda, onde se defendem das acusações que vem sofrendo da mídia paraguaia.

O presidente do Santos está envolvido nas negociações para liberar os santistas presos
O presidente do Santos está envolvido nas negociações para liberar os santistas presos
Foto: Samir Carvalho / Especial para Terra

Segundo os integrantes detidos no Paraguai, que pertencem a Torcida Jovem, maior organizada do clube, a reação deles as agressões sofridas de torcedores do Cerro foi o que possibilitou a eles estarem vivos.

"Estamos com a consciência intacta do que houve aqui no jogo contra o Cerro Porteño era necessário para a nossa própria sobrevivência", disse um torcedor, de terno e gravata, se colocando com o porta-voz do grupo de 58 torcedores presos.

"Estamos respondendo pela postura do jogo na justiça paraguaia. Reconhecemos o estado soberano do Paraguai e nos retratamos, inclusive, a respeito das afirmações precipitadas que foram passadas por alguns integrantes da torcida de forma equivocada. Essa forma de expressão com palavras de insulto não representa o sentimento que temos perante o povo paraguaio. Em razão disso pedimos retratação por esse triste episódio. Aguardamos a Justiça paraguaia alicerçar a nossa soltura para voltarmos em breve", acrescentou o torcedor.

O presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, se mostrou preocupado com a situação e garantiu ter enviado um advogado para o Paraguai, para ajudar a resolver a questão e acertar a volta desses torcedores ao país. A Torcida Jovem também enviou seu advogado ao país.

"Estamos ajudando, enviamos um advogado nosso e acionamos a Embaixada do Brasil em Assunção (Paraguai). Sabemos o que os torcedores passaram lá. Estamos fazendo o possível para que esse problema se resolva o mais rápido possível", comentou Luis Álvaro.

Se por um lado o Santos tenta ajudar na liberação dos integrantes da sua torcida organizada, por outro os paraguaios não pretendem deixar o episódio terminar impunemente.

Tanto que, uma promotora de Assunção, já denunciou 31 torcedores solicitando a prisão preventiva dos denunciados por conta das provas recolhidas de destroços e das agressões realizadas, reveladas por uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial da região. Com bombas de efeito moral, pedras e paus vários restaurantes, os detidos danificaram equipamentos dos estabelecimentos e levaram o dinheiro dos caixas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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