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Aidar oficializa renúncia e empossa Leco: "é o presidente"

13 out 2015 - 17h12
(atualizado às 18h03)
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Carlos Miguel Aidar oficializou na tarde desta terça-feira sua renúncia como presidente do São Paulo. Em uma reunião realizada no escritório de Antônio Carlos Mariz, conselheiro são-paulino e seu aliado político, Aidar entregou o pedido de desligamento nas mãos do presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Primeiro na sucessão de Aidar, Leco exercerá o cargo por 30 dias até convocar novas eleições. Ele deverá ser candidato único no pleito que definirá o novo mandatário tricolor.

"Entreguei o papel ao Carlos Augusto. Ele é o novo presidente", afirmou Aidar, sorridente, ao deixar o escritório de Mariz. Por volta de 16h45, ele entrou em um Mini Cooper vermelho e seguiu para sua residência. No carro de atrás estava José Francisco Mansur, assessor da presidência são-paulina.

Aidar oficializou renúncia como presidente do São Paulo
Aidar oficializou renúncia como presidente do São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra

Aidar se negou a comentar as denúncias que levaram a sua renúncia. As acusações foram apresentadas pelo ex-vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, na última semana. Ele enviou um e-mail ao ex-dirigente e aos conselheiros tricolores dizendo possuir provas de que Aidar vinha desviando dinheiro oriundo de negociações de atletas. Também pesou contra o ex-presidente a denúncia de que o acordo com a fornecedora Under Armour rendeu uma comissão de R$ 6 milhões à empresa da namorada de Aidar, Cinira Maturana.

Ataíde surgiu com as provas após ter agredido Aidar com um soco durante uma briga na última segunda-feira, em um hotel paulistano. Acredita-se que o entrevero teve início após Aidar sugerir que eles compartilhassem uma comissão que seria desviada da contratação de um jogador da Portuguesa. Ataíde foi exonerado do cargo no dia seguinte ao incidente.

Com a saída do ex-vice, o treinador colombiano Juan Carlos Osorio ficou sem aliados dentro da diretoria são-paulina e antecipou a decisão de deixar o clube para dirigir a seleção mexicana. Ao comunicar a saída do técnico à torcida, Aidar emitiu uma nota dizendo que havia demitido toda a diretoria para constituir uma nova base política. A estratégia tinha a finalidade de apaziguar os ânimos nos bastidores, mas provocou efeito reverso. Dirigentes ligados à sua base aliada, incluindo o grupo do ex-vice-presidente geral, Júlio Casares, deixaram claro que não gostariam de reaver seus cargos caso Aidar continuasse à frente da gestão.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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