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Libertadores

Bauza interrompe festa de atletas do São Paulo no vestiário

29 abr 2016 - 01h05
(atualizado às 10h07)
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O técnico Edgardo Bauza elegeu a goleada por 4 a 0 sobre o Toluca, nessa quinta-feira, no Morumbi, como a melhor partida que o São Paulo fez sob o seu comando. Mas nem por isso o treinador liberou os jogadores para comemorar o placar nos vestiários. O Patón repreendeu os atletas que viam a classificação às quartas de final da Copa Libertadores encaminhada e recordou que resta à equipe mais um jogo na altitude mexicana. Ele ainda sorriu ao falar sobre o atacante Centurión, que marcou dois gols e corria o risco de ser cortado do banco de reservas caso Alan Kardec não tivesse sofrido uma viroso.

“Esse resultado coloca o São Paulo na ilusão de ganhar [a Libertadores]. Essa foi a melhor partida jogando nesse nível. Veremos se o time pode manter esse rendimento. Cada história é diferente nesse torneio por muitas situações, incluindo o rival e onde se joga. Temos que ter muito cuidado”, afirmou o treinador. “Os jogadores estavam festejando nos vestiários. Eu reuni o time e disse para que não festejassem nada, pois não ganhamos nada. Faltam 90 minutos e lutaremos pela classificação”.

Bauza disse que a goleada exemplificou a evolução de que tanto fala nas entrevistas. “Estou contente, pois a equipe fez a melhor partida desde que comecei a trabalhar aqui. Vejo o time crescendo um pouco mais a cada dia. Estamos nos transformando numa equipe séria e difícil para o rival. Foi isso que apresentamos aos atletas. E eles interpretaram bem. O Toluca hoje tentou jogar, mas não pôde porque a pressão foi constante. O jogo saiu como planejamos. Isso me deixa contente”.

Para manter as atuações em alto nível, Bauza afirmou que o time não poderá relaxar em nenhum momento da Libertadores. Ele disse que só desfrutará da goleada quando estiver em sua casa analisando os lances da partida. “Se queremos ser os melhores da América, teremos que correr muito. Vamos trabalhar para isso”, declarou.

O Patón só esboçou descontração quando comentou sobre a atuação de Centurión. Como Calleri estava suspenso, o treinador tinha o interesse de escalar Alan Kardec como titular e deixar o atacante argentino de fora até do banco de reservas. Mas uma virose contraída de última hora pelo camisa 14 fez com que Bauza optasse pela improvisação de Centurión como um “falso nove”. A escolha surtiu efeito e o jogador anotou dois gols na goleada sobre o Toluca.

“O futebol tem dessas coisas que às vezes é difícil de se encontrar uma explicação. Se tudo ocorresse dentro da normalidade, era possível que Centurión tivesse ficado de fora do banco de reservas. Mas Kardec estava muito debilitado. Todos me diziam que ele poderia jogar, mas eu trabalho todo dia com eles e conheço os atletas. Esperei chegar aqui e disse que ele não estava pronto para começar. Decidi por Centurión porque ele é um jogador rápido e intuitivo. São intuições que faço. Às vezes vão bem, outras não. Por sorte, ele se saiu bem”, concluiu.

Foto: EFE
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