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Com 4 jogos no ano, Fabrício sofre com lesões e ganha apoio de Leão

18 jun 2012 - 09h53
(atualizado às 11h29)
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Emanuel Colombari
Direto de São Paulo

O volante Fabrício vive um ano difícil no São Paulo, possivelmente o mais complicado de sua carreira. Apresentado pelo clube no início de 2012, o jogador deixou o Cruzeiro após o Campeonato Brasileiro de 2011 sentindo o tornozelo esquerdo. Porém, ao longo de todo o primeiro semestre, o meio-campista tem enfrentado um sem-fim de idas e voltas ao departamento médico, causado por diferentes lesões.

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Os problemas de Fabrício no São Paulo começaram em 22 de fevereiro. O atleta estreava pelo clube em contra o Bragantino, pela nona rodada do Campeonato Paulista. O São Paulo saiu em desvantagem fora de casa, 2 a 0, mas virou e levou o empate: 3 a 3. Fabrício, porém, durou pouco: aos 22min do primeiro tempo, sentiu dores musculares e foi substituído por Casemiro.

Os exames indicaram uma lesão muscular na panturrilha direita, e a volta aos gramados aconteceu em 1º de abril, mais uma vez fora de casa - desta vez, pela 17ª rodada do Campeonato Paulista, contra o Ituano. Substituído por Jadson no intervalo da partida, na qual o São Paulo venceu por 4 a 2, o volante parecia recuperar a condição física, sentindo apenas a falta de ritmo de jogo.

Porém, no jogo seguinte, em Barueri, contra o Mogi Mirim (vitória por 2 a 0), Fabrício sentiu a panturrilha direita de novo aos 14min do primeiro tempo, e deu lugar a Casemiro. Mais uma vez, voltou ao departamento médico para se recuperar, o que só aconteceu nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.

O retorno aconteceria em 6 de junho, contra do Internacional, em jogo fora de casa pela terceira rodada do Brasileiro. Não retornou, por prevenção do técnico Emerson Leão, e ficou de fora ainda dos jogos contra Santos (pelo Brasileiro) e Coritiba (pela Copa do Brasil). Voltou neste domingo, contra o Atlético-MG, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, mas foi de novo vítima de contusão. Agora, no joelho direito.

Ao deixar o gramado para dar lugar a Maicon, o camisa 8 ainda foi saudado pelos torcedores que gritavam seu nome nas arquibancadas, mas não conseguiu segurar as lágrimas sobre o carro-maca. Ele deve ser examinado nesta segunda-feira para conhecer a gravidade do problema, mas seu caso foi mais do que suficiente para comover Emerson Leão.

"Eu até brinquei com o Fabrício (antes do jogo), para ver se ele relaxava. Ele estava muito tenso. Eu disse que ele matava muito passarinho quando criança, por isso estava sofrendo agora. É uma fatalidade sem fim. Sei como é isso. A pior coisa para um atleta de futebol se chama maca, você estar todos os dias em cima de uma maca fazendo recuperação. O Fabrício está há sete meses recuperando, recuperando... Quando ele caiu, pedi a Deus para não ser a mesma coisa: não foi a mesma coisa, foi o joelho", disse Leão após a partida.

Para poder justificar sua contratação, Fabrício conta com a ajuda do técnico, tanto na parte psicológica quanto na parte física. Antes da partida contra o Internacional, o treinador conversou com o meio-campista e decidiu por conta própria adiar o retorno. Leão perguntou como o camisa 8 se sentia, e ouviu uma resposta positiva - por isso mesmo, decidiu postergar a volta aos gramados, para dar ainda mais garantias a todos de que a reintrodução não seria abreviada por uma nova lesão.

Em seu discurso após a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, o treinador demonstrou confiança e deu seu apoio ao jogador. "Os fortes têm que se superar, têm que se recuperar. Ele não consegue jogar, gente - e ele precisa jogar! Ele faz parte daquilo que o São Paulo acreditou. Podemos até errar na contratação, tecnicamente, mas ele toda hora está esperançoso, entra bem", completou após o resultado deste domingo. "Acontece essa fatalidade, não dá para esquecer. Ela existe. Se pudesse voltar atrás, preferia perder o jogo do que um atleta", completou, abatido.

Fonte: Terra
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