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Libertadores

Conmebol julgará São Paulo após receber versão em espanhol da defesa

1 fev 2013 - 16h52
(atualizado às 18h58)
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O Tribunal de Disciplina da Conmebol definirá até o próximo dia 12 de fevereiro o resultado do julgamento do São Paulo pelos incidentes que marcaram a final da Copa Sul-Americana contra o Tigre, no Morumbi. Antes, portanto, da estreia da equipe na fase de grupos da Libertadores, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte. Para isso, os membros do recém-criado órgão esperam por uma versão em espanhol da defesa, prometida pelo clube.

Incidentes da final da Sul-Americana ainda serão julgados pela Conmebol
Incidentes da final da Sul-Americana ainda serão julgados pela Conmebol
Foto: Bruno Santos / Terra

Como o caso envolve um time brasileiro, Caio César Rocha, presidente do Tribunal, não participará do julgamento, a ser dirigido pelo vice, o uruguaio Adrián Leiza. O chileno Carlos Tapia Aravena, o colombiano Orlando Morales e boliviano Alberto Lozada completam o grupo responsável por determinar a pena são-paulina - multa ou perda de mandos de campo.

Antigamente, os problemas de indisciplina dos torneios da Conmebol eram julgados pelo Comitê Executivo da entidade e não costumavam ser punidos com severidade. A partir de dezembro, no entanto, por sugestão da Fifa, o órgão criou um tribunal para cuidar deste tipo de assunto, e o primeiro caso importante é justamente o que envolve São Paulo e Tigre.

Depois de um empate sem gols na Argentina, o segundo e decisivo jogo da Sul-Americana foi disputado no dia 12 de dezembro do ano passado, no Morumbi. Em 45 minutos marcados pela rispidez em campo, o time da casa abriu 2 a 0 e, após uma confusão no intervalo, os argentinos decidiram não retornar dos vestiários, o que motivou o árbitro chileno Enrique Osses a encerrar a partida e decretar o São Paulo campeão.

A princípio, o clube brasileiro enviou o material de sua defesa em português, um dos idiomas oficiais aceitos pelo Tribunal. No entanto, como o integrante brasileiro do grupo não participará do julgamento, o departamento jurídico se ofereceu para mandar uma versão em espanhol, de acordo com o uruguaio Adrián Leiza, vice-presidente do órgão encarregado da decisão.

"Ainda estamos aguardando pela versão traduzida das alegações do São Paulo. Uma vez que os membros do Tribunal, com exceção do Caio, tenham em seu poder todos os elementos do caso, nos reuniremos e tomaremos uma decisão", afirmou Leiza. Segundo o vice, o Tigre também trabalha para reenviar alguns arquivos de computador que não funcionaram.

Criado em dezembro, o Tribunal da Conmebol elaborou um novo regulamento disciplinar. Contudo, o caso do São Paulo será julgado com base nas normas vigentes na época dos incidentes. O código atual, diz Adrián Leiza, é significativamente mais rigoroso do que o anterior, o que pode ser benéfico para os brasileiros.

"Já julgamos o caso de um assistente técnico de um time que insultou um árbitro na Libertadores. Ele tomou a pena mínima de quatro jogos de suspensão mais uma multa de US$ 4 mil por simplesmente xingar o juiz, já que agora em todo tipo de sanção está prevista uma multa econômica como pena acessória. Sem dúvida, o código anterior era muito mais benevolente", explicou.

Caso seja impedido de mandar um determinado número de jogos no Morumbi, a tendência é que o São Paulo não precise levar a partida para uma cidade vizinha, podendo apenas escolher outro estádio na capital paulista. Como o Tribunal vive transição para um novo código disciplinar, não está claro se o clube poderá recorrer de uma eventual punição.

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