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"Corinthians copiou a fórmula do São Paulo", afirma Marco Aurélio
Direção serena, com responsabilidades claras, divididas e próxima ao vestiário. Comissão técnica fixa e com profissionais de referência. Boa infraestrutura. Contratações discutidas internamente e criteriosas. Para Marco Aurélio Cunha, em entrevista exclusiva concedida ao Terra nesta terça-feira, itens que explicaram o sucesso do São Paulo entre 2004 e 2008. E que, segundo ele, pré-candidato à presidência são-paulina em abril de 2014, explicam o sucesso do Corinthians nos últimos anos.
"Tínhamos a chave do sucesso e jogamos fora. O Corinthians percebeu isso, copiou positivamente o São Paulo. Tem uma gestão equilibrada, serena, ninguém ocupa espaço de ninguém. O Tite divide as honras. Nós, num rompante de soberba, perdemos isso", apontou Marco Aurélio, que deixou a superintendência de futebol do clube em 2011. "Tem que ter pessoas melhores. O São Paulo deixou de privilegiar recursos humanos. Eliminou quem trabalhava bem na base e no futebol profissional por gente sem tanta qualidade técnica. Meu dever (caso eleito) é melhorar a qualidade de quem trabalha", citou. Entre as demissões criticadas por ele, Luiz Rosan (fisioterapeuta), Carlinhos Neves (preparador físico), Turíbio Leite de Barros (fisiologista) e Zé Sérgio (ex-treinador da base).
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Questionado a respeito de Mílton Cruz, auxiliar técnico com mais de uma década no clube, Marco Aurélio deu a entender que mudaria sua função no clube. "Ele tem muita história, continuaria, mas não sei em qual função. Temos de descobrir outras coisas a serem feitas, no mesmo lugar se cria um vício de postura e uma fadiga de material. Podem contribuir em outro cargo. O vestiário às vezes cansa. Precisa saber quem pode ter cargos melhores".
