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Douglas dará certo no Barça? Relembre brasileiros inusitados

22 ago 2014 - 11h41
(atualizado em 27/8/2014 às 12h02)
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<p>Douglas está a caminho do Barcelona, segundo a diretoria do São Paulo</p>
Douglas está a caminho do Barcelona, segundo a diretoria do São Paulo
Foto: Jonne Roriz / Getty Images

Nem só de Romário, Ronaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho é feita a historia dos jogadores brasileiros defendendo os dois maiores clubes da Espanha. Além dos astros consagrados, Barcelona e Real Madrid também já apostaram em nomes com bem menos grife para compor seus elencos – o exemplo mais recente é o do lateral Douglas, do São Paulo, que assinou por cinco anos com o clube catalão.

Com passagem pelas Seleções de base e titular do São Paulo com Muricy Ramalho, Douglas ainda assim é criticado por parte da torcida tricolor, que vê a saída iminente do atleta para o Barcelona com um misto de surpresa e divertimento. O lateral dará certo em um dos times mais fortes do mundo? Deixe sua opinião e relembre outros 10 brasileiros inusitados que passaram por Barça e Real.

Vítor (Real Madrid, 1993-94)

Foto: Gazeta Press

Campeão mundial com o São Paulo em 1992 em cima do Barcelona, o voluntarioso lateral Vítor foi contratado pelo arquirrival dos catalães, o Real Madrid. Na verdade, o time da capital espanhola queria contratar Cafu, mas o São Paulo se negou a liberá-lo no meio do ano; Vítor foi emprestado para "tapar o buraco" do futuro capitão do penta. Mas suas atuações não convenceram, o Real perdeu dois dos três jogos com ele em campo, e o brasileiro nunca mais jogou com a camisa branca. Voltou ao São Paulo em 1994.

César Prates (Real Madrid, 1996-97)

Foto: Getty Images

A revelação do Internacional foi vendida para o Real Madrid em 1996 para integrar o Castilla, time B que disputa as divisões inferiores do Campeonato Espanhol. O lateral até conseguiu ganhar algumas poucas chances no time principal, mas logo passou a ser emprestado: até 2000, defendeu Vasco, Coritiba, Botafogo e Corinthians, sempre cedido pelo Real. O melhor momento da carreira veio depois, quando foi contratado pelo Sporting e se tornou ídolo em Portugal – segundo o próprio César Prates, foi ele quem ensinou Cristiano Ronaldo a bater faltas no time de Lisboa.

Iarley (Real Madrid, 1996-99)

Foto: Koichi Kamoshida / Getty Images

Com 22 anos, Iarley saiu do Quixadá e foi levado por empresários à equipe B do Real Madrid, onde formou dupla de ataque com um certo Samuel Eto'o. Sem nunca ter recebido grandes chances no time principal, ele saiu em 1999 após um desentendimento entre agentes e diretoria sobre a compra de seus direitos, indo defender times pequenos da Espanha como Ceuta e Melilla. Mas só reergueu a carreira no Brasil, quando voltou para defender Ceará e Paysandu com muito sucesso. Em 2010, reencontrou um dos amigos da época de Real, Roberto Carlos, quando ambos defenderam o Corinthians.

Rodrigo Fabri (Real Madrid, 1998)

Foto: Getty Images

Sim, Rodrigo Fabri ficou cinco anos sob contrato com o Real Madrid e nunca disputou um jogo oficial com a camisa do time espanhol. Revelado na Portuguesa como um dos jogadores mais promissores do Brasil, o meia-atacante de chute forte foi disputado por potências da época, como Lazio e Deportivo La Coruña, e acabou fechando com o Real. O time madrileno, porém, nunca o utilizou: em cinco anos, jogou emprestado por Flamengo, Santos, Valladolid, Sporting e Grêmio, onde revitalizou a carreira. Em 2003, enfim realizou o sonho de jogar oficialmente em Madri – mas pelo Atlético, onde ficou só uma temporada e não brilhou.

Willian José (Real Madrid, 2014)

Foto: Miguel Riopa / AFP

Com os direitos federativos ligados ao Deportivo Maldonado, clube uruguaio usado pelo empresário Gustavo Arribas para registrar seus jogadores, Willian José causou choque quando se noticiou que ele estava saindo do Santos para jogar no Real Madrid em janeiro de 2014. O centroavante chegou à Espanha com os títulos do Sul-Americano e do Mundial Sub-20 de 2011 no currículo, mas não conseguiu se destacar no time B, e a opção de compra não foi exercida ao final da temporada. Apesar disso, ele disputou uma partida oficial pela equipe principal: contra a Real Sociedad, o astro Cristiano Ronaldo foi poupado, e Willian José foi relacionado para seu lugar, entrando no segundo tempo no lugar de Casemiro. O Real perdeu por 2 a 0.

Triguinho (Barcelona, 2001)

Foto: Vanderlei Almeida / AFP

Lateral esquerdo mais conhecido por suas passagens por times como São Caetano, Santos, Botafogo e Atlético-MG, Triguinho era no início da carreira um meio-campista "apadrinhado" por Rivaldo. O craque do Barcelona era, junto a César Sampaio, dono do Guaratinguetá, onde jogava Triguinho, e indicou o jovem jogador para o time catalão. Triguinho chegou em 2001 e ficou só treinando com o elenco, mas lesionou o joelho logo no primeiro ano e não teve vida longa, voltando no ano seguinte para defender o Figueirense. Não disputou nenhum jogo oficial, nem mesmo pelo time B, já que, à época, estrangeiros não podiam jogar na terceira divisão espanhola.

Marcelo (Barcelona, 2001)

Talvez o jogador mais obscuro da lista, Marcelo era um zagueiro de 20 anos do Guaratinguetá quando foi indicado por Rivaldo, proprietário do clube do interior paulista, para defender o Barcelona, indo para o time catalão junto a Triguinho. E ao contrário do companheiro, ele chegou a ser inscrito pelo clube para disputar o Campeonato Espanhol 2000/01, no lugar do lesionado Abelardo. Marcelo começou a carreira aos 17 anos no Mogi Mirim, clube do qual Rivaldo é atualmente presidente.

Geovanni (Barcelona, 2001-03)

Foto: Ross Kinnaird / Getty Images

Atacante rápido e goleador no Cruzeiro, Geovanni foi vendido para o Barcelona como promessa e disputou posição com nomes como Rivaldo, Overmars, Kluivert e Saviola. Jogou bastante na primeira temporada, a maioria das vezes saindo do banco, mas na seguinte brigou com o técnico Carlos Rexach e ficou encostado. Emprestado ao Benfica, rapidamente se tornou ídolo, foi comprado em definitivo e eleito o melhor jogador da equipe em 2004 e 2005. A passagem por Barcelona, porém, não deixou saudades.

Tiago Calvano (Barcelona, 2003-05)

Foto: Mark Kolbe / Getty Images

Zagueiro revelado em 2001 pelo Botafogo, jogou algumas partidas do Campeonato Brasileiro daquele ano e foi logo negociado com o futebol europeu, desembarcando no Perugia, da Itália – país pelo qual ele tinha dupla nacionalidade. A passagem pelo Barcelona durou duas temporadas e foi só no time B, onde chegou a fazer gol no Campeonato Espanhol. Fez toda a carreira na Europa e atualmente joga no Minnesota United, time da North American Soccer League (NASL), equivalente à segunda divisão dos Estados Unidos.

Keirrison (Barcelona, 2009)

Foto: Lluis Gene / AFP

Caso curioso de carreira que sobe de forma explosiva e despenca mais rápido ainda, Keirrison ganhou destaque como goleador no Coritiba em 2008, fez um primeiro semestre excepcional com o Palmeiras em 2009 e foi vendido para o Barcelona. Porém, não vestiu a camisa do clube espanhol nem em apresentação. Passou os cinco anos de seu contrato – que incrivelmente só expirou agora, em 2014 – emprestado a outros clubes, e sofreu com lesões graves. Por Benfica, Fiorentina, Santos, Cruzeiro e novamente Coritiba, nunca repetiu os números do início da carreira.

Fonte: Terra
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