Em boa fase, Ganso acaba com ressalvas no São Paulo com golaço
Paulo Henrique Ganso vive seu melhor momento desde que foi contratado pelo São Paulo, em setembro de 2012. Tem ajudado o ataque são-paulino a buscar a reação contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro e é constantemente elogiado pelo técnico Muricy Ramalho, mas com uma ressalva: precisa se acostumar a chegar mais ao ataque e marcar gols. Na noite desta quarta-feira, concretizou essa boa fase ao ajudar a vitória por 3 a 0 sobre o Náutico com um golaço.
Ganso marcou aos 21min do segundo tempo: recebeu a bola na intermediária e, com toques rápidos e curtos, cortou a marcação de quatro marcadores antes de bater rasteiro de perna direita; a bola tocou no pé da trave esquerda de Ricardo Berna antes de morrer nas redes. Um golaço tão bonito quanto as vistosas assistências que está acostumado a dar nas partidas. Diz Muricy Ramalho que o camisa 8 prefere isso a balançar as redes.
Nesta edição do Brasileiro, Ganso é o jogador com mais assistências no elenco são-paulino: criou quatro jogadas para gols. Além do golaço, outras estatísticas confirmam o bom momento. Longe das lesões que complicaram sua carreira recentemente, fez nesta quarta-feira seu 55° jogo em 2013 – nunca havia jogado tanto na mesma temporada. Seu desempenho sem dúvida cresceu sob o comando de Muricy Ramalho.
O técnico do São Paulo, aliás, tem elogiado muito o camisa 8. “ele não está se escondendo”, “está chamando a responsabilidade” e “participação aumentou muito” são argumentos usados de forma recorrente. O golaço anotado no Morumbi deve acabar com qualquer ressalva sobre seu comportamento em campo.
Curiosamente, foi contra o mesmo Náutico que Paulo Henrique Ganso fez sua estreia pelo São Paulo, na vitória por 2 a 1 em 18 de novembro de 2012. Ao contribuir com a vitória por 3 a 0, o meia deixou o time pernambucano um pouco mais rebaixado – é o último colocado da competição, com apenas 17 pontos. Mas também deixou o São Paulo um pouco mais longe da Série B. Deixou o gramado aos 43min, substituído por Jadson e aplaudido de pé pelos 14 mil são-paulinos presentes no Morumbi.