Em resposta à Puma, São Paulo diz que "carta" já perdeu validade

O contrato que a Puma revelou nesta quinta-feira ter assinado com o São Paulo para substituir a Penalty no fornecimento de material esportivo foi questionado pelo clube. Segundo a diretoria, trata-se apenas de uma intenção firmada em carta que não se concretizou.

"Era uma carta que parametrizava algumas condições (a serem cumpridas). Chegando-se lá, você tem um deal, mas não se chegou. As coisas não se encaminharam, não evoluíram", disse o diretor de marketing, Ruy Barbosa.

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Entre as condições, estariam a rescisão com a Penalty e a substituição deste acordo por um contrato formal com a Puma. Uma espécie de rascunho, na visão da diretoria são-paulina, com prazo de 30 dias para ser formalizado.

O comunicado da empresa foi divulgado um dia depois de o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, admitir publicamente que desistiu do negócio porque as condições comerciais não eram as melhores. De acordo com a nota, as conversas se iniciaram no ano passado, com a ciência de que havia uma concorrente, e terminaram no último dia 28 de agosto com a assinatura do contrato, "que passaria a vigorar assim que terminado, de forma antecipada ou não, o contrato do atual fornecedor de material esportivo.O texto esclarece ainda que Cinira Maturana (namorada de Aidar e que tinha autorização para prospectar patrocinadores, com direito a 20% de comissão) "esteve presente em algumas reuniões tão somente como convidada do presidente do clube" e que "somente depois de assinado o acordo, a pedido do presidente do clube" ela foi indicada como pessoa de contato para a transição entre o fornecedor atual do clube e a PUMA".

Embora Aidar não confirme publicamente, até porque o contrato com a Penalty ainda está em vigência, o clube desistiu do acordo porque recebeu proposta superior da americana Under Armour. A parceria com a Penalty vence em dezembro de 2015, mas será rescindido no começo do ano. A Puma não descarta acionar o São Paulo na Justiça.