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Futebol Internacional

Inter espera pelo STJD antes de escalar Oscar em Gre-Nal

26 abr 2012 - 23h40
(atualizado às 23h59)
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Cristiano Silva
Direto de Porto Alegre

A notícia sobre o efeito suspensivo concedido pelo TST na noite desta quinta-feira, para que o meia Oscar possa voltar a atuar pelo Inter, foi comemorada pelos dirigentes do clube como um título conquistado com um gol marcado aos 49min do segundo tempo.

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Apesar de todas as garantias que foram dadas pelo ministro do TST, Guilherme Caputo Bastos, concedendo o Habeas Corpus para que o meia Oscar possa exercer onde bem entender sua condição de jogador de futebol profissional, os dirigentes do Inter preferem manter a cautela. Uma fonte ligada ao presidente Giovanni Luigi confirmou à reportagem do Terra que o Inter vai aguardar a manifestação do STJD antes de colocar o jogador em campo.

"Nós estamos muito felizes com esta decisão, a gente sabia que este efeito suspensivo poderia acontecer a qualquer momento, que bom que venho antes de um Gre-Nal decisivo, mas vamos aguardar e verificar bem junto ao STJD e a CBF antes de colocar o Oscar em campo. Vamos nos cercar de todas as garantias para não cometermos nenhum erro", disse um dirigente que é muito próximo do mandatário colorado e que pediu para não ser identificado.

Com tantos desfalques para o Gre-Nal do próximo domingo, que vai decidir o titulo do segundo turno do Campeonato Gaúcho, a liberação de Oscar vai ajudar a resolver parte dos problemas do técnico Dorival Júnior.

Entenda o caso

Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no final de 2009, alegando atraso de vencimentos e que também teria sido coagido a emancipar-se e assinar um contrato aos 16 anos, quando ainda era menor de idade. Assim, a renovação do vínculo foi desfeita por decisão da juíza Eumara Nogueira Borges Lyra Pimenta, da 40ª Vara do Trabalho de São Paulo, em 14 de junho de 2010, e Oscar pôde transferir-se à equipe colorada.

A Justiça ainda negaria uma liminar do São Paulo no mês de setembro de 2010, mas o clube apelou. O clube paulista só conseguiu uma vitória contundente em 21 de março de 2012, quando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), do juiz relator Nelson Bueno de Prado, determinou que o contrato do jogador com o clube paulista fosse restabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

No mesmo dia a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) notificou o Internacional de que não poderia contar com Oscar tanto na disputa da Copa Libertadores quando no Campeonato Gaúcho. Ele segue sem atuar profissionalmente desde então. Apesar de a Justiça Trabalhista determinar que o meia voltasse ao São Paulo, Oscar seguiu treinando em Porto Alegre.

Em meio ao impasse, o Internacional buscou resolver o caso diretamente com o São Paulo. O clube gaúcho se reuniu com dirigentes paulistas e fez uma proposta pelo meia com valores pouco superiores a R$ 7 milhões, mas o clube do Morumbi recusou a oferta, avisando que aceita somente R$ 17 milhões e que pretende contar com o atleta.

Após dias de indefinição, o TST concedeu nesta quinta-feira (26) um habeas corpus em favor do meia para que ele possa trabalhar onde bem entender. Com isso, o jogador não deve mais voltar ao São Paulo e pode retomar normalmente suas atividades junto ao Internacional, clube pelo qual gostaria de seguir atuando.

Oscar, que pelo Internacional conquistou o título da Copa Libertadores da América de 2010 e a Recopa em 2011, está entre os 52 jogadores convocados por Mano Menezes para a disputa da Olimpíada de Londres com a Seleção Brasileira.

Oscar pode retornar a atuar pelo Internacional normalmente
Oscar pode retornar a atuar pelo Internacional normalmente
Foto: Wesley Santos / Futura Press
Fonte: Terra
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